sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ibitipoca, Droba pra lá




Retrato do momento de transição de um cotidiano que há tempos vem se modificado. Uma repentina transformação de cenário impactou a vida dos moradores das pequenas comunidades no entorno da Serra do Ibitipoca.

Relato da ação do tempo na vida de importantes personagens inseridos nessa mudança, este documnetário mostra também as mudanças do vilarejo enquanto lugar. As transformações que envolvem o patrimônio cultural e histórico e também o patrimônio natural da Vila. Vale a pena conferir este documetário.


Por Jéssica Rossone



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mastercasa 2012


A segunda edição do projeto Mastercasa 2012 estará acontecendo na cidade de Juiz de Fora entre os dias  22  de setembro e 11 de novembro.
O evento é idealizado pelas arquitetas Kitty Amaral, Cristina Chimelli, Mara Medina e patrocinado pela fabricante Tintas Iquine. Participarão profissionais na área de arquitetura, decoração e paisagismo.
Entre as novidades apresentadas estão as mais de 20 cores das linhas Diacryl Antimofo, Delacryl Antibactéria, Delanil Limpa Fácil e Esmaltes e Vernizes da Tintas Iquine.

O Mastercasa apresenta ideias e soluções atuais para decorar, reformar ou construir espaços onde a beleza, o bom gosto e o prazer em viver com conforto ditam as regras.
Anualmente, o evento reúne importantes marcas, oferecendo à um público de grande potencial de consumo produtos e serviços de alta qualidade.

O Mastercasa 2012 ficará aberto para visitação às quartas e quintas-feiras, no horário das 15h Às 20h e, às sextas, sábados e feriados, das 15h às 22h. O horário aos domingos vai das 10h às 20h.

Local: Rua Pedro Scapim, 315 - Bairro São Mateus.

Por Jéssica Rossone

II Colóquio Internacional de História da Arte e da Cultura



Acontecerá entre os dias 19 e 21 de setembro o II Colóquio Internacional de História da Arte e da Cultura, neste ano com o tema "O artista e a sociedade". E atenção: a chamada de trabalhos e as inscrições foram prorrogadas até amanhã, dia 30/08. Portanto, se você quiser participar faça logo sua inscrição e venha discutir conosco! As informações se encontram no site institucional da pós graduação em história da UFJF: www.ufjf.br/ppghistoria  

Por Jéssica Rossone

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cidades do Amanhã


“Poucos dos que lêem estas páginas sequer concebem o que são estes pestilentos viveiros humanos, onde dezenas de milhares de pessoas se amontoam em meio a horrores que nos trazem à mente que ouvimos sobre a travessia do Atlântico por um navio negreiro. Para chegarmos até ela é preciso entrar por pátios que exalam gases fétidos, vindo das poças de esgoto e dejetos espalhados por toda parte e que amiúde escorrem sobre os nossos pés: pátios, muitos deles, onde o sol jamais penetra, alguns sequer visitados por um sopro de ar fresco, e que raramente conhecem as virtudes de uma gota d’água purificante. É preciso subir por escadas apodrecidas, que ameaçam ceder a cada degrau e, em alguns casos, já ruíram de todo, com buracos que põem em risco os membros e a vida do incauto. Acha-se o caminho às apalpadelas, ao longo de passagens escuras e imundas, fervilhantes de vermes. E então, forem rechaçados pelo fedor intolerável, poderá os senhores penetrar nos pardieiros onde esses milhares de seres, que pertencem, como nós, a raça pelo qual Cristo morreu, vivem amontoados como reses.”


HALL, Peter. Cidades do Amanhã. Uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo, Editora Perspectiva, 1ª edição , 1995 pág. 19.

Nesta história do planejamento urbano no século XX, Peter Hall - não só um conhecido teórico americano, mas um criador de projetos inovadores - traça um panorama abrangente e detalhado, levando-nos dos inquietantes cortiços londrinos do século XIX à solidão geométrica de Brasília, passando por Nova York e Chicago, Nova Delhi e Paris, da utopia à depredação. A partir de projetos históricos ou abandonados - assim como obras literárias e artigos de jornais -, o autor rastreia de maneira instigante os sonhos e pesadelos que integram hoje o cotidiano das grandes cidades.

O Thau do Blog indica este livro para quem deseja entender melhor a teoria e história da aqruitetura tendo como ponto de partida a cidade.

Por Jéssica Rossone

O Thau do Blog no Facebook!


Nosso blog possui agora uma página no Facebook! Curta e compartilhe!




Por Vitor Wilson

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Primeira escola sustentável certificada da AL fica no Brasil


A primeira escola do Brasil e da América Latina a ser certificada pelo LEEDS Schools fica no Rio de Janeiro. A escola estadual Erich Walter Heine, inaugurada em 2011, junta-se agora a outras 121 escolas pelo mundo e 118 nos EUA.

O investimento na escola foi de R$11 milhões. Os itens que garantiram o certificado à escola carioca é grande: sistema que capta água da chuva para uso nas descargas dos vasos sanitários, nos jardins e na limpeza; iluminação com lâmpadas LED, além de painéis solares para geração de energia limpa; formato da construção pensado para gerar maior aproveitamento da circulação do ar e, por isso, menor necessidade de refrigeração; coleta seletiva e espaço para armazenar lixo para reciclagem; telhado verde; bicicletário e vagas especiais para veículos com baixa emissão de poluentes; acessibilidade a alunos com necessidades especiais; tratamento acústico nas salas de aula, corredores e ambientes internos próximos às salas; análise prévia da qualidade do solo para a construção e uso de 70% da permeabilidade natural do terreno e reaproveitamento de 100% do material de entulho gerado durante a obra.


Por Vitor Wilson

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

II Semana Fluminense do Patrimônio

Enfatizar a importância da valorização e preservação do patrimônio para as comunidades, seja ele cultural ou natural, material ou imaterial, é o objetivo da segunda edição da Semana Fluminense do Patrimônio, aberta na última sexta-feira, 17 de agosto, dia do Nacional do Patrimônio Cultural, em Cabo Frio.

A Semana tem como tema principal o alinhamento das ações com a sustentabilidade, tema da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável Rio + 20.


  O primeiro evento do dia aconteceu no Museu de Arte Religiosa e Tradicional - Mart , onde foi inaugurada a exposição do Inventário da Arte Sacra Fluminense, organizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio/Inepac, órgão da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Paulo Vidal, diretor do Inepac e arquiteto e mestre em Conservação e Preservação do Patrimônio Cultural, falou sobre a importância dos inventários, por tornarem conhecido o acervo do patrimônio das cidades de cada região, para valorizá-lo e protegê-lo adequadamente.
A exposição do Inventário de Arte Sacra Fluminense, que permanece aberta ao público até 02 de setembro, apresenta os dois primeiros volumes do trabalho, onde estão publicados os levantamentos dos objetos e imagens religiosos das regiões Norte, Noroeste e Baixada Fluminense.  Ainda no Mart, o grupo teatral Curare e o Coral Despertar , do Clube da Melhor Idade Alegria de Viver, abrilhantaram o encontro com um repertório de música brasileira e poesia.
Participam da comissão organizadora da II Semana Fluminense do Patrimônio, além do do Inepac, o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – Aperj, a Casa de Oswaldo Cruz – COC/Fiocruz, a Fundação Casa de Rui Barbosa, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro – Iphan/RJ, o Museu de Astronomia e Ciências Afins – Mast, o Museu do Meio Ambiente/Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro , o Arquivo Nacional e o Museu Nacional – MN/UFRJ.

Acontecerá também o II Encontro do Patrimônio Flunminense, evento principal da Semana, em Vassouras-RJ, no período de 21 a 23 de agosto, com palestras, mesas-redondas, apresentações culturais e exposição de pôsteres e das obras inscritas no Concurso Cultural “Olhares sobre o Patrimônio Cultural Fluminense – fotografia e poesia”. O Encontro sera realizado no Palacete Massarambá, da Universidade Severino Sombra, que, através desta realização, junta-se à comissão de organização da Semana.

Por Jéssica Rossone

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Paisagem Urbana


file0002
"À parte a vida humana, há poucas coisas mais comoventes do que o nascimento de uma ideia no cérebro humano. Subitamente, no húmus rico do pensamento uma ideia afirma-se à luz da compreensão. O telefone entretantotoca, não, não temos grãos de antracite, só temos nozes. E a ideia perdeu-se. Muito frequentemente perdida para sempre. Os deuses que deitaram os dados tremem de frustração. O nosso mundo produz continuamente conceitos, ideias e soluções, mas uma grande parte murcha e morre enquanto o restante vai juntar-se à montanha de papéis. O que se torna indispensável é um quadro de referências em que estas ideias sem residência possam morar; um equivalente ambiental [...] Na minha opinião há uma imensa perda de fertilidade que deveria ser contrariada criando uma agência de colecionamento, classificação e recuperação de ideias.

file0003
Acabamos assim por ter uma caixa de conceitos e uma gama de jogadas possíveis, um todo tão coordenado e internamente autojustificável como um cristal. Uma arma com a qual podemos arrancar-nos ao isolamento e entrar em contato com os educadores [...] e finalmente, com o público."

Eis a complexa afirmação a que chega o arquiteto inglês Gordon Cullen em seu livro Paisagem Urbana. Publicado originalmente com o título Consice Townscape em 1971, o livro incita uma série de discussões sobre as formas das cidades e suas funções, além do papel do urbanista na hora de promover as diversas visadas de um mesmo ponto, o que o autor denomina visão serial.

As definições de ótica, local e conteúdo dão, logo na introdução, um panorama geral do que irá ser apresentado ao leitor, dispensando a leitura do sumário que, nesta edição, aparece nas últimas páginas. Uma leitura rápida e objetiva que oferece informações precisas sobre cada aplicação dos conceitos apresentados e traz muitas imagens que servem de exemplo.

Os conceitos de Aqui e Além são explorados durante todo o texto e em diversas aplicações como em praças, pontos focais e desníveis. O Thau do Blog indica a leitura deste livro, principalmente para quem começa a se interessar pelo estudo da Teoria do Urbanismo.


file0004
Referência bibliográfica:

CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. Lisboa: Edições 70, 2006.

Por Jéssica Rossone

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Antoni Gaudí




Antoni Placid et Gaudí i Cornet (1852-1926) nasceu em Reus, nas proximidades de Tarragona, no sul da Catalunha. De 1863 a 1868, frequentou o colégio Padri Scolopi, em Reus. Em 1968, mudou-se para Barcelona. De 1873 a 1878, esteve na Escuela Provincial de Arquitectura de Barcelona, onde se formou em março de 1878.

Trabalhou em alguns estúdios de arquitetura de Barcelona, entre os quais, o de Joseph Fontseré (1829-97), Francesc de Paula Villar (1828-1901) e Joan Martoreli (1833-1906).

A obra de Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-79) de fato o influenciou quanto ao desafio estático e a mescla ousada de materiais, além de despertar-lhe o interesse pela arquitetura medieval. O arquiteto catalão parece compartilhar a diferenciação, formulada por John Ruskin (1819-1900), entre os elementos estilísticos da arquitetura gótica e os princípios construtivos. "A nobreza de cada edifício depende de sua adequação específica aos próprios objetivos: e esses objetivos variam com cada clima, cada solo e cada costume nacional [...]" (John Ruskin)

Gaudí encontra algumas de suas referências nas obras do passado e, a exemplo de Hector Guimard (1867-1942), arquiteto francês contemporâneo dele, chega a compor uma abstração da formas medievais das quais se destaca, refundando de maneira original o estilo com a convicção de que "a imitação dos estilos leva a uma decoração supérflua: os estilos simples são aqueles de boa composição."
A atividade construtiva de Gaudí aconteceu quase que exclusivamente em Barcelona. Seus primeiros trabalhos, realizados entre 1880 e 1890, anteriores as intervenções de Vitor Horta (1861-1947), ainda estão embebidos do gótico e carregados de referências à arquitetura árabe e mudéjar, que no decorrer dos anos serão diluídas pelo caráter pessoal, pela adoção de técnicas construtivas particulares e pelo emprego de materiais modernos.

Mais tarde, a arquitetura de Gaudí se enriquesse com motivos naturalisticos. Elementos fitomórficos e faunísticos constituem a decoração das fachadas e dos interiores, unindo materiais novos, como o ferro e o cimento, à pedra recém-talhada. Os volumes exprimem nas formas e na policromia uma força que remonta a paisagens e a presenças animadas, as superfícies amolecem e se tornam envolventes.

A partir de 1883 até sua morte, em 1926, dedica-se integralmente a Sagrada Família, igreja comissionada pela Associação dos Devotos de São José. Gaudí é encarregado de prosseguir a obra do arquiteto Francesc de Paula Villar, que havia configurado um templo neogótico com planta em cruz, e comandado os trabalhos do subterrâneo até os batentes das janelas. Gaudí desenvolve o projeto levando em consideração a obra de seu predecessor. Configura em desenhos, modelos e maquetes a sua ideia  quanto às partes construídas. Nas proximidades, empreende em 1909 a construção do pequeno edifício da escola paroquial. Em 1918, decide se estabelecer no interior do laboratório-escritório no canteiro da Sagrada Família, entre desenhos, projetos e maquetes, materiais que serão destruídos em grande parte por um incêndio em 1936.

Casa Vicens

A Casa Vicens foi a primeira obra particular encomendada a Gaudí. A residência, projetada para a família do ceramista Manuel Vicens no bairro chamado Gràcia, é feito de tijolos de barro e pedra. As fachadas, revestidas com cerâmicas coloridas, tem o motivo de pequenas flores amarelas, que cobriam a propriedade quando o arquiteto foi ao local para fazer o levantamento.

Casa Vicens, Barcelona (1883-5)
 
Entrada principal da residência

Os interiores apresentam soluções espaciais e estruturais sugestivas que unidas à decoração pictórica, revelam um caráter mouro à edificação.

Sala de fumo, situada no mezanino
Lareira
Templo Expiatório da Sagrada Família

A pedra fundamental do templo foi colocada em 19 de março de 1882. Também conhecida por simplesmente “Sagrada Família”, o templo é  considerado por muitos críticos como uma  obra-prima e expoente da arquitetura modernista catalã. Iniciada em 1882 pelo arquiteto Francesc de Paula del Villar, que após algumas divergências com os promotores entregou a direção dos trabalhos tendo começado apenas a cripta. Em 1883, Gaudí assumiu a direção dos trabalhos quando tinha 31 anos de idade, dedicando-lhe os seus últimos 40 anos de vida, e os últimos quinze de forma exclusiva. O trabalho foi interrompido em 1936 quando a  cripta e o estúdio de Gaudí foram queimados. O projeto foi retomado em 1952, com desenhos e modelos existentes. 
Templo Expiatório da Sagrada Família, Barcelona, 1883 (em construção)
A Sagrada Família é uma síntese de conhecimentos com o complexo sistema de simbolismos e uma explicação visual dos mistérios da fé. Com extraordinárias fachadas representando o nascimento, morte e ressurreição de Cristo, e com dezoito torres simbolizando os doze apóstolos, os quatro Evangelistas, a Virgem Maria e  Jesus Cristo. 

Fachada da Natividade (1894-1930)
A fachada da Natividade foi a primeira das fachadas a ser construída, sob intervenção direta de Gaudí. Ao estar dedicada ao nascimento de Jesus, esta fachada apresenta uma decoração exultante onde todos os elementos são evocadores da vida. Está dividida em três pórticos, dedicados às virtudes teológicas: da Esperança, da Fé, e da Caridade, começando pela Porta de Jesus e terminando pela Árvore da Vida. 

Torres-campanário da Fachada da Natividade


A fachada culmina com as torres-campanário dedicadas a São Matias, São Judas Tadeu, São Simão e São Barnabé. A escultura é de Carles Mani, Llorenç Matamala e Joan Matamala.

O próprio Gaudí descrevia a sua concepção da Fachada da Paixão da seguinte maneira:
 “Alguém encontrará esta porta extravagante demais; mas eu queria que fizesse medo, e para consegui-lo não pouparei o claro-escuro, os motivos entrantes e salientes, todo o que resulte de mais tétrico efeito. E mais, estou disposto a sacrificar a mesma construção, a romper arcos e a cortar colunas para dar ideia da crueldade do Sacrifício.”

Fachada da Paixão (1954-1976)
Dedicada à Paixão de Jesus, pretende refletir o sofrimento de Cristo na sua crucificação. Mais rígida e simplificada, sem ornamentação, destaca a nudeza da pedra, semelhando a um esqueleto reduzido às linhas simples dos seus ossos. Apenas figuram os grupos escultóricos do ciclo passional de Jesus, a obra de Josep Maria Subirachs, que ideou um conjunto simples e esquemático, com formas angulosas que provocam um maior efeito dramático.

Desenho original de Gaudí para a fachada da Glória

As obras da maior fachada começaram em 2002. Dedicada à Glória celestial de Jesus, ela representa o caminho ascensional a Deus: a Morte, o Julgamento Final e a Glória, bem como o Inferno, para todo aquele que se afasta do ditado de Deus. Para aceder ao Pórtico da Glória haverá uma grande escadaria com um terraço onde se situará o Monumento ao Fogo e à Água, com um grande piveteiro com fogo, em representação da coluna de fogo que guiou o povo eleito, e uma fonte de água, com um jato de 20 metros de altura que se dividirá em quatro cascatas, simbolizando os rios do paraíso terreal e as fontes de água viva do Apocalipse.

Palácio Güell

Palácio Güell, Barcelona (1886-9)

Interior do palácio
O palácio do industrial catalão Eusebi Güell, inaugurado simultaneamente à Exposição Universal de Barcelona, representa o ápice das composições patroniais até então construídas pelo arquiteto e, ao mesmo tempo, marca a passagem para a adoção de elementos góticos, como aberturas estreitas repetidas.

Cripta da Colônia Güell


Cripta da Igreja da Colônia Güell, Barcelona (1898-1914)


Interior da Cripta
Eusebi Güell encarregara Gaudí de projetar uma nova igreja em 1898. Ele trabalhou no projeto durante dez anos, até que em 1908 foi lançada a pedra fundamental. Em 1914 o ritmo das obras começa a diminuir e, em 1916 elas são interrompidas, embora já tivesse aberto o canteiro do pavimento superior. Nessa época a cripta já havia sido concluída e começou a ser usada como igreja paroquial.

Casa Calvet
Casa Calvet, Barcelona (1898-1904)

A Casa Calvet constitui outro ponto marcante de suas obras. O prédio de apartamentos e lojas recebeu o prêmio de melhor edifício modernista de 1899, pela prefeitura de Barcelona. 
Parque Güell

Parque Güell, Barcelona (1900-14)
O Parque Güell foi outro empreendimento de Eusebi Güell, que em 1900 promoveu a construção de uma área-jardim em um terreno de 15ha de sua propriedade, situado na porção meridional de monte Carmelo, a fim de atrair a alta burguesia barcelonesa a uma zona conhecida como bairro de la Salut. Porém, como operação econômica o parque se mostrou um fracasso.  


 O parque é um reflexo da plenitude artística de Gaudí: pertence à sua etapa naturalista (primeira década do  século XX), período no qual o arquiteto aperfeiçoou o estilo pessoal, inspirando-se nas formas orgânicas da natureza, pondo em prática uma série de novas soluções estruturais originadas nas suas análises da  geometria regrada.

Casa Batlló

File:Close up Casa Batlo.JPG
Casa Batlló, Barcelona (1904-1906)

                      

   
Gaudí reforma um antigo edifício de veraneio para a família Batlló, fabricantes de tecidos, que se localiza no Passeio de Grace.        Este trabalho produz uma indefinível sensação de leveza, apesar da profusão de formas e padrões.

Sua fachada está revestida com pedaços de vidros de diferentes cores, as chaminés e o pátio de luzes demonstram a incrível imaginação do arquiteto, sendo uma das suas composições mais sensíveis. A Casa Batlló é, também, onde Gaudí desempenha um de seus melhores trabalhos em decoração de interiores.

Casa Milà

File:Casa Milà - Barcelona, Spain - Jan 2007.jpg
Casa Milá, Barcelona (1906-10)

Também conhecida como “La Pedrera”, a Casa Milà é um edifício absolutamente singular. Foi construída para Roger Segimon de Milà. É parte do Patrimônio Mundial da UESCO, juntamente com outras obras de Gaudí. 

Centro do edifício
A  fase em que foi construída respira o espírito modernista da época, que se expande desde os finais do século XIX  ao início do século XX com vários denominações pela Europa (Art Nouveau, Libety, Arts and Crafts, Jugendisil...) em um período em que a arquitetura de Barcelona dialoga com as de Viena, Bruxelas, Milão, entre outras. O Colégio de Santa Teresa e a Torre Bellesguard são também obras importantes de Gaudí.

Um espetáculo de criação e uma explosão de sentimentos. A ação e a reflexão em coordenação. Eis as obras de Antoni Gaudí.

"El gran libro, siempre abierto y que tenemos que hacer un esfuerzo para leer, es el de la Naturaleza, y los otros libros se toman a partir de él, y en ellos se encuentran los errores y malas interpretaciones de los hombres." (Antoni Gaudí)

Por Jéssica Rossone 

Busca

    Visualizações da página

    Translate