segunda-feira, 21 de julho de 2014

A relação entre: Arquitetura, Ergonomia e o espaço urbano pós-moderno


O artigo denominado "Arquitetura, Ergonomia e o espaço urbano pós-moderno" de autoria do Arquiteto-Urbanista Fúlvio Feiber professor da Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel - PR, aborda a produção arquitetônica atual no Brasil, que segundo Feiber, precisa ser repensada.

"A arquitetura brasileira contemporânea passa por um momento de transição, deparando-se com novos desafios oriundos da constatação de que os modelos de pensar a edificação e acidade até o momento adotado não mais são capazes de atender as necessidades atuais. " (FEIBER)

O espaço urbano encontra-se defasado, novas soluções precisam ser desenvolvidas para que as cidades, que atualmente priorizam o automóvel, ofereçam mais qualidade de vida.

Em relação aos conceitos abordados neste artigo, Ergonomia significa: “disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.” (Associação Internacional de Ergonomia - AIE)

Arquitetura: "Mais que uma manifestação artística a arquitetura pode ser definida como a arte e a ciência de projetar e construir edificações ou grupos de edificações de acordo com critérios estéticos e funcionais” (Burden, 2006, p. 42). 

A arquitetura, ao contrário de outras artes, interfere na construção da paisagem urbana e  deve representar o modo de pensar e agir de determinada cultura.

"a paisagem urbana é reflexo da relação entre o homem e a natureza, podendo ser interpretada como a tentativa de ordenamento do entorno com base em uma paisagem natural, e de uma cultura, a partir do modo como é projetada e construída, como resultado da observação do ambiente e da experiência individual ou coletiva com relação ao meio.(Bonametti 200 p.5).

Espaço Urbano: as transformações tecnológicas e culturais contribuíram significativa transformação do espaço urbano. O homem  muda toda sua forma de conceber e usar o espaço urbano, priorizando a máquina, setorizando a cidade e fracionando o convívio, dentro de um pensamento puramente racional no que se nomeia hoje como urbanismo progressista.

Pós - modernismo: nasce na arquitetura em uma visão crítica do movimento moderno, o qual de maneira geral estava estruturado na racionalidade e na visão tecnicista para soluções de problemas urbanos. A sociedade não encontra-se satisfeita sobre como a cidade vem sendo pensada. Voltada para o automóvel, privilégio de poucos, em que a grande maioria, pobres e miseráveis encontram-se em segundo plano.

Ergonomia e Arquitetura: sua relação no espaço pós-moderno - neste momento é importante pensar a relação do ser humano e sua cultura, bem como o plano para a cidade contemporânea e sua relação com o ambiente natural, em uma filosofia de planejamento ambiental urbano.

 "o planejamento ambiental urbano, além da estruturação da cidade para suas atividades normais, de atendimento às questões relativas a habitação, trabalho, transporte, lazer, etc, deve considerar a capacidade de sustentação ambiental do ambiente natural sobre o qual a cidade se desenvolve. Não é mais admitido o desenvolvimento a qualquer preço, e ainda mais quando o mais prejudicado é o meio ambiente. A saúde da população é afetada diretamente na proporção que o ambiente urbano é degradado, resultando no reaparecimento de doenças antes erradicadas com grandes sacrifícios de toda a população. A dengue, a cólera e outras doenças não ocorrem em cidades ambientalmente sadias. "(Garcias e Rezende 2003)

A ergonomia busca a melhor eficiência no desempenho das atividades diárias, aliviando o nível de estresse e melhorando a saúde e o bem-estar.
O pós-moderno, no artigo de Feiber, não foi empregado como "estilo arquitetônico", mas  aborda a realidade que vive a sociedade contemporânea.

Os arquitetos e urbanistas precisam se questionar sobre o seu papel social, encontrando uma forma de se expressar em que: a produção da arquitetura e do espaço urbano possam ser reconhecidos com aspectos positivos.


Por Carla Bernardes

Referências:
"ARQUITETURA, ERGONOMIA E O ESPAÇO URBANO PÓS-MODERNO

Autor: FEIBER, Fúlvio
Co-autor: DIAS, Solange Irene Smolarek
Co-autor: MUKAI, Hitomi
Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel – PR. 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Abrigos de emergência feitos de papel por Shigeru Ban


Com mais uma publicação de uma palestra do site TED, este vídeo mostra o renomado arquiteto japonês Shigeru Ban demonstrando como realizar uma construção, neste caso os abrigos temporários de emergência, com tubos de cartolina. Este material levou seu nome ao cenário internacional depois de diversas obras bem sucedidas, além de outras construções importantes. Vencedor do Pritzker 2014, Shigeru faz uma passagem por seus projetos sociais ajudando áreas de grandes calamidades ao redor do mundo, mostrando que soluções simples e baratas podem ajudar a melhorar a vida das pessoas que passam por dificuldades.

Basta clicar na imagem para acessar o vídeo.



Por Carlos Eduardo Rocha

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O "novo" Estádio Maracanã


Ontem dia 13 de Julho de 2014 terminou a Copa do Mundo no Brasil, tendo como vencedor o time da Alemanha, que venceu a Argentina por 1x0 na prorrogação. E o palco deste jogo inesquecível foi o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, um grande símbolo da Cidade Maravilhosa.

O estádio é de 1950, ano em que aconteceu a Copa do Mundo no Brasil. Seu nome oficial é Mário Rodrigues Filho em homenagem ao falecido jornalista pernambucano, irmão de Nelson Rodrigues, que se destacou no apoio à construção do Estádio.

Já o nome Maracanã é oriundo do Rio Maracanã que passa pelas seguintes regiões do Rio de Janeiro: Tijuca, São Cristóvão, desaguando no Canal do Mangue.

Estádio do Maracanã antes da Reforma
Para receber a Copa do Mundo de 2014 o estádio precisou passar por uma reforma, seguindo as exigências colocadas pela FIFA.

Porém é um estádio tombado pelo IPHAN e suas modificações deveriam ser mínimas, mas inteligentes. 

O escritório responsável foi Fernandes Arquitetos Associados que tinham o seguinte objetivo: tornar o estádio público tombado em uma das Arenas mais modernas e eficientes do mundo mantendo suas principais características construídas durante 60 anos de história e simbolismo.

Estádio do Maracanã depois da reforma
Assim um novo Maracanã "nasceu". Algumas estruturas deixaram de existir para dar lugar a outras, novos elementos foram incorporados e os espaços remanescentes foram recuperados.
As arquibancadas ganharam um novo desenho de modo a atender aos ideais de visibilidade, segurança e conforto. A área dos bares e sanitários fora reconstruídas.

Arquibancadas
O grande destaque vai para a cobertura translúcida que quase não toca na estrutura existente. Este projeto é de autoria do escritório alemão  Schlaich Bergermann und Partner (SBP)  e vai viabilizar a implantação de um anel fotovoltaico sobre a estrutura metálica que sustentará a nova cobertura de lona tensionada, gerando energia limpa equivalente ao consumo de 240 residências e evitando a emissão de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera. 

Cobertura Translúcida
A Fachada foi totalmente preservada, mantendo sua identidade. A nova cobertura não traz impacto visual. Além disso, foram mantidas as circulações internas, pilares, pé-direito e aberturas. A área construída que anteriormente era de 86 mil metros quadrados passou para 160 mil metros quadrados.

Os expectadores poderão vivenciar de forma única a relação entre o novo e o antigo.

Maracanã e a Cidade
Por Carla Bernardes

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Muxarabi


Nesta postagem, serão apresentadas um pouco das características do elemento arquitetônico chamado Muxarabi. Trazido pelos portugueses, este fechamento em forma de treliças, normalmente em madeira, foi criado e bastante utilizado pelos árabes (com intuito inicial de evitar que os homens olhassem as mulheres em determinados locais). Suas funções principais são permitir ventilação e iluminação, bloquear calor e isolar ambientes internos da visão externa, mas promovendo contato visual contrário e criando sensação de intimidade.




A arquitetura colonial brasileira se utilizou amplamente deste elemento, sendo o muxarabi um das características mais marcantes desta época. É uma das mais persistentes influências da arquitetura árabe no nosso país, seja em guarda-corpos, janelas e divisórias, aproveitando a ideia de ver sem ser visto e aplicada em balcões fechados por treliças, chamadas também de urupemas.



Porém, não só a arquitetura colonial brasileira se utilizou desta técnica, mas o ocidente, nisto se inclui a arquitetura moderna, obviamente sofrendo releituras. No Brasil, Lina Bo Bardi aplicou o Muxarabi nas janelas de seu edifício do Sesc Pompéia, o que combinou muito bem com sua arquitetura diferenciada.



Na arquitetura, elementos ou idéias são adaptados ao clima, função, cultura ou são uma releitura, adequando-se às novas tecnologias. No caso do muxarabi, as novas utilizações são enfatizadas na filtragem da iluminação através de diafragmas de diversas formas e tamanhos, controlados por células fotossensíveis, apresentando a típica iluminação que se costuma ver na arquitetura islâmica. O cobogó é um elemento bastante conhecido na nossa cultura arquitetônica e que tem características e efeitos parecidos com o do muxarabi. Da treliça árabe, muitas idéias e releituras surgiram para a arquitetura ocidental, porém conservando o efeito e a essência primordial.

 


Por Carlos Eduardo Rocha


terça-feira, 1 de julho de 2014

Arquitetura da Cidade do Panamá


O Panamá, localizado na América Central, é um país que possui um crescimento econômico que chegou aos 11,5 %  em 2008 e uma economia fortemente baseada no turismo e na construção civil.

A Capital, Panamá, tem uma arquitetura exuberante e interessante e muitas vezes desconhecida pelos estudantes de Arquitetura e Urbanismo. A Capital concentra seus  maiores investimentos no ramo imobiliário e turísticos, além de ter os maiores arranha-céus da América Latina.

São edifícios de mais de 50 andares, alguns chegando até 100 pavimentos , a maioria construídos de frente para o Oceano Pacífico. Um dos mais intrigantes é a sede do Banco Nacional do Panamá, de autoria de Skidmore, Owings & Merril, avaliado em 250 milhões de dólares, com 69 andares e de forma elíptica, culminando com uma enorme rampa-mirante.

Banco Nacional do Panamá
Banco Nacional do Panamá

A arquitetura é comparada à de Dubai, Abu Dhabi e Doha. Segue abaixo alguns exemplos de edifícios:

Torre Arts - 80 pavimentos
Revollution Tower
Ice Tower - 104 andares
Top Towers
Por Carla Bernardes

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