quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Paul Goldberger

Hoje (23/11) foi o último dia do seminário Arq.futuro, em São Paulo. O evento contou com a participação de Paul Goldberger, crítico de arquitetura da revista The New Yorker. 
      O Jornal Folha lançou uma nota online muito interessante sobre o fato e sobre as opiniões instigantes de Goldberger e Terence Riley, que foi curador de arquitetura do MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York).

      "Em boa parte do século 20, pensamos nos prédios que ficam em primeiro plano e esquecemos o pano de fundo", fala Goldberger. "Temos arranha-céus e museus de arte, mas as ruas são mais importantes do que os prédios."
      Na visão dele, Brasília é um exemplo de cidade feita como cenário, pensando só nesse primeiro plano. "É uma enorme coleção de belos objetos", afirma. "Mas eles não compõem uma cidade real."

      Vale a pena conferir!


Por Daniela Pereira Almeida

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Entrevista: Arquitetos P.C. Lourenço e Bruno Sarmento - Lourenço l Sarmento Arquitetos


          O Escritório Lourenço / Sarmento é dirigido pelos arquitetos Paulo César Lourenço e Bruno Sarmento, ambos nascidos em Juiz de Fora. Estabelecido e situado na Cidade de Juiz de Fora desde 1998 e com atuação em âmbito nacional, a produção do referido escritório vem obtendo grande destaque tanto na imprensa local e regional como também nas mídias especializadas nacionais, face à grande qualidade e boa repercussão que alguns dos seus projetos alcançaram em diversas publicações importantes. Esta entrevista com o Escritório Lourenço / Sarmento é a segunda entrevista de uma série que ainda pretendemos publicar em O THAU DO BLOG com alguns dos mais importantes escritórios de arquitetura que têm atuado na Cidade de Juiz de Fora nas duas últimas décadas. 




PC Lourenço (em pé) e Bruno Sarmento

       
       De forma muito gentil e generosa, os Arquitetos PC Lourenço e Bruno Sarmento receberam a nossa Equipe em uma tarde no seu escritório situado no Bairro do Bom Pastor e ali, durante cerca de três horas de boa conversa puderam relatar fatos importantes a respeito da formação de cada um e da constituição desta bem sucedida parceria, além de falarem das suas atuações nas áreas empresariais e como docentes do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES – JF) onde o Arquiteto PC Lourenço também exerce o cargo de Coordenador Acadêmico do referido curso.

     Deixamos aqui registrado o nosso agradecimento à toda a Equipe do Escritório Lourenço Sarmento pela boa receptividade aos nossos propósitos e informamos ao leitor  que a realização desta entrevista  – toda ela gravada em áudio e transcrita posteriormente – envolveu a participação da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG (Camila Fonseca Pinheiro e Vitor Wilson) com a colaboração da aluna Luisa Feyo.

                                                                           Antônio Agenor Barbosa
                                                                                            Coordenador de O THAU DO BLOG
                                                                                          Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

          1) O THAU DO BLOG: Vocês são naturais de Juiz de Fora?


Lourenço l Sarmento: Sim, ambos.


         2) OTDB: A respeito da escolha pela escola de Arquitetura e Urbanismo. Como e em que momento surgiu a vontade de ser arquiteto e o que isso representava para vocês? Houve alguma influência familiar?


LS - PC Lourenço (PCL): A minha escolha não foi feita por caminhos muito diretos, foi uma escolha meio tortuosa, porque quando eu estava me preparando para o vestibular, sempre tive algum interesse pela arquitetura, mas nunca tive influência familiar, pelo contrário, minha família era de uma geração toda de médicos, avô, pai, tios, irmãos, se eu tivesse que ter algum tipo de influência seria pela medicina, mas naquela escolha, talvez a imaturidade, a juventude, eu trilhei caminhos diferentes e fui fazer economia.

Cursei um ano e meio de economia na Federal (UFJF), mas percebi que o meu desenvolvimento era muito inferior ao dos meus colegas de turma, senti que eu não tinha aquela coisa que nos motiva, de ter paixão por aquilo que você faz, ver o seu crescimento, na época como aluno de economia eu não via isso acontecer comigo e me questionei em alguns momentos.

Obviamente, tinha uma grande barreira na época, o fato de não ter o curso de arquitetura aqui em Juiz de Fora. E mais uma vez, a juventude, as ligações familiares, as amizades criavam esse elo muito forte com Juiz de Fora. Mas em alguns momentos eu questionei de fato esse curso de economia dentro desse um ano e meio que eu cursei, cheguei até a trancar um semestre, fiquei aguardando como as coisas iam acontecendo e agora eu digo para vocês que foi pelo viés da medicina que tomei a decisão de fato mais importante na escolha da minha profissão, porque na época o meu pai participava da construção de um hospital na cidade e eu fui ver a obra, fui visitar o hospital e aí eu disse: “quer saber, vou fazer é medicina”, quando na verdade eu estava já me encantando era pelo processo de obra, pelas soluções espaciais e construtivas e a escolha da faculdade foi também uma coisa de grande oportunidade em minha vida porque eu estava ainda cursando economia e surgiu, naquela época não era muito comum, o vestibular no meio do ano na Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. E foi num desses vestibulares de meio de ano que tomei a decisão de mudar. De junho a agosto eu deixei de ser estudante de economia para ser estudante de arquitetura.

LS - Bruno Sarmento (BS): Eu sempre imaginei fazer arquitetura, muito pelo prazer do desenho, ai tem aquela fase natural de transição entre pensar vou ser designer? Vou desenhar carros? Até que eu entendi que a realidade que mais se aproximava do que eu gostaria de fazer era a arquitetura. Não me lembro em que momento exatamente isso aconteceu, mas sempre tive esse interesse pela arquitetura e comecei a pensar nisso muito cedo, sempre ligado ao desenho, ao lado gráfico. Não conhecia nenhum arquiteto pessoalmente, mas tinha sempre na família uma tradição muito grande de envolvimento com construção. Sempre vivi num ambiente de obra mas sem compreender a relação daquelas obras com arquitetura. O prazer pela obra sempre me acompanhou na infância, mas uma coisa muito empírica, muito informal, construções feitas justamente sem projeto, esse interesse talvez estivesse um pouco associado a isso, mas não naquele momento com a idéia de que aquilo era arquitetura.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entrevista: Professor Fabio Lima

Entrevista realizada com o Professor Fabio José Lima para O THAU DO BLOG.
Fábio José Lima é Professor no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora desde 1999. Atualmente reside em Veneza (Itália) onde realiza o seu estágio pós-doutoral na IUAV Università di Venezia. Convidado pela equipe de O THAU DO BLOG para responder a uma entrevista sobre a sua formação e sobre as suas atividades como professor e pesquisador, Fábio Lima nos ofereceu respostas bem detalhadas e precisas que nos dão a oportunidade de perceber a sua grande contribuição para as pesquisas sobre Urbanismo no Estado de Minas Gerais e no Brasil, como também nos traz algumas reflexões a respeito da formação do arquiteto e urbanista nos dias de hoje e sobre o acelerado processo de expansão da Cidade de Juiz de Fora.
Deixamos aqui o registro do nosso agradecimento ao Professor Fábio Lima pela maneira gentil, atenciosa e muito criteriosa com que atendeu ao nosso convite para esta entrevista que se segue abaixo. Cabe mencionar que toda a pesquisa e produção desta entrevista foram feitas pela aluna Daniela Pereira Almeida, da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG.
                                                                                                  Antônio Agenor Barbosa
                                                                                       Coordenador de O THAU DO BLOG
Equipe Editorial de O THAU DO BLOG



O THAU DO BLOG: Você é nascido em Belo Horizonte, cursou arquitetura na UFMG, com mestrado na UFBA, e doutorado na USP. O que te trouxe a Juiz de Fora?
Fábio Lima: Isso mesmo. Iniciei o curso noturno de arquitetura na Universidade Gama Filho em 1983. Estava morando no Rio de Janeiro por uma carreira temporária no Exército, como oficial da Brigada Pára-quedista. Em 1986, por meio de uma transferência, retornei para Belo Horizonte para ingressar na Escola de Arquitetura da UFMG. Ali já havia passado pelo curso de Matemática em 1981, tendo iniciado também Desenho Industrial na FUMA, hoje UEMG, e Engenharia Civil na SUAM, no Rio. Estes cursos ficaram incompletos. O retorno para Belo Horizonte foi muito importante, com a experiência de ter vivido no Rio de Janeiro que pude conhecer no dia-a-dia, além da visão do alto pelos inúmeros saltos de pára-quedas. Em 1989 conclui o curso e no ano seguinte resolvi continuar a estudar, tendo me transferido para Salvador na Faculdade de Arquitetura da UFBA. Cursei ali, a partir de 1990 o Mestrado na área de Conservação e Restauro finalizado em 1994 com a defesa da Dissertação intitulada "Bello Horizonte: Um passo de modernidade". Na continuação fui convidado a participar da pesquisa "Levantamento Documental sobre Urbanismo e Planejamento Urbano no Brasil" coordenada pela Profª Maria Cristina da Silva Leme da FAU/USP, na rede Urbanismo no Brasil, no "Subprojeto Belo Horizonte" coordenado pelo Prof. Marco Aurélio A. de Filgueiras Gomes da FAU/FBA. 
Em seguida, como continuação deste trabalho de apoio técnico na pesquisa, fui cursar o Doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tendo iniciado os estudos em 1998 e concluído em 2003 com a defesa da tese "Por cidade moderna: Ideários de urbanismo em jogo no concurso para Monlevade e nos projetos destacados da trajetória dos técnicos concorrentes (1931-1943)". Neste período, como já tinha uma grande vontade de continuar a carreira acadêmica - iniciada como professor temporário na Escola de Arquitetura da UFMG, ainda em 1996 - em uma universidade pública, prestei o concurso para o Departamento de Arquitetura da UFJF, tendo sido aprovado, com a transferência definitiva de Belo Horizonte em 1999. Então, posso dizer que o que me trouxe a Juiz de Fora foi a continuação da carreira acadêmica, a Universidade propriamente dita.
Galpão do curso de Arquitetura e Urbanismo - UFJF


domingo, 6 de novembro de 2011

II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos

     Vem aí o II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos. O evento será promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, Fundação Museu Mariano Procópio, Mapro e IPHAN, parceria com o Nova Friburgo Country Club, Escola de Belas Artes e Grupo de Pesquisa Histórica do Paisagismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com o apoio da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo. Será realizado nos dias 9, 10 e 11 de novembro, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

     A primeira edição do evento foi realizada em nossa cidade, no ano passado, quando foi redigida a "Carta de Juiz de Fora", documento patrimonial e referencial na gestão de jardins brasileiros.


     Além de palestras abordando questões como proteção e preservação de sítios históricos, estão programadas mesas redondas abertas à população. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail jardinshistoricos@yahoo.com.br.


     Confira a programação completa aqui.

Por Camila Fonseca Pinheiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Entrevista: Arquiteto Nikola Arsenic – ARSENIC Arquitetos Associados

Inicialmente convidado para responder à entrevista (veja abaixo as 14 perguntas formuladas pela Equipe de O THAU do BLOG) com perguntas e respostas em separado, fomos surpreendidos positivamente pelo envio de um belíssimo depoimento sobre a sua vida e sobre a própria produção do Arquiteto Nikola Arsenic, (o primeiro entrevistado da série), um sérvio que chegou ao Brasil em 1998 e que nos brindou com uma importante contribuição sobre os desafios de se produzir arquitetura nos dias atuais tanto aqui no Brasil como no exterior, aonde também vem atuando. Deixamos aqui o registro de agradecimento especial ao Arquiteto Nikola Arsenic e à equipe do seu escritório pela maneira gentil e muito prestativa com que sempre atendeu às solicitações da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG. Cabe registrar que toda a elaboração e produção desta entrevista foi realizada pela aluna Daniela Pereira Almeida, da Equipe Editorial.

                                                                                                                                                    Antônio Agenor Barbosa
Coordenador de O THAU DO BLG
                                                                                             Daniela Pereira Almeida
    Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

Perguntas formuladas para o Arquiteto Nikola Arsenic.

1.Você nasceu em Belgrado, como chegou até Juiz de Fora? Porque resolveu ficar?
2.Qual é a sua formação acadêmica?
3.A respeito da escolha pela escola de Arquitetura e Urbanismo. Como e em que momento surgiu a vontade de ser arquiteto, o que isso representava para você?
4.Durante sua formação acadêmica, quais arquitetos que mais lhe influenciaram?
5.Ao se formar, já se sentiu apto e seguro para atuar como arquiteto? Como surgiu a idéia de trabalhar em um escritório próprio? Como estava o mercado na época em que você finalizou a graduação? Houve uma fácil aceitação do seu trabalho ou foi necessário um período maior para entrar efetivamente no mercado da construção?
6.Fora a arquitetura você tem alguma outra aptidão ou desenvolve outro tipo de atividade?
7.Recentemente você terminou sua associação com Ueslei Bonin, no escritório Arsenic e Bonin. Você mantém agora sozinho um próprio escritório?
8.Você é professor do curso de arquitetura e urbanismo no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES-JF). Quais disciplinas você leciona? O fato de você ser professor influencia na hora de projetar pelo seu escritório?
9.Quais são as suas principais referências estéticas e projetuais ao desenvolver um trabalho?
10.Seu escritório tem muitos projetos em vários lugares além de Juiz de Fora. Que outras cidades você tem atuado?
11.O escritório Arsenic e Bonin tem muitos projetos em Luanda, Angola. Como se deu essa oportunidade?
12.O que você acha da arquitetura que está sendo feita em Juiz de Fora nos dias atuais?
13.O que você tem a dizer para os jovens estudantes de arquitetura? Que sugestões e conselhos tem a dar para quem está prestes a entrar no mercado profissional?
14.Enumere alguns livros que você julgue essenciais para a boa formação de um arquiteto/urbanista. Em que ponto esses livros mudaram a forma de você pensar e avaliar a sua própria produção?

Respostas recebidas em forma de depoimento.
Por Nikola Arsenic.


Nasci em 1971, na cidade de Belgrado (Sérvia), capital da então Iugoslávia, na confluência dos rios Danúbio com o Sava. Era um belo País de diversidade étnica e beleza natural cujo equilíbrio social e sendo um importante pólo industrial faziam com que a região dos Bálcãs “contaminasse” com seu espírito cosmopolita todo Leste Europeu.

Sob a grande influência do ofício que meu pai, tias e tios, todos arquitetos, exerciam com tanto gosto, cresci engatinhando entre papel vegetal, maquetes e muitas lapiseiras. A decisão de continuar caminhando por esse ambiente de trabalho familiar, portanto foi natural e espontânea. Nem parecia ser tanto uma grande decisão, mas muito mais a lógica da preservação e da continuidade de valores e conhecimentos já agregados.



(Clique no post para continuar lendo...)

Entrevistas com Escritórios de Arquitetura em Juiz de Fora

O THAU DO BLOG tem a grande satisfação de iniciar, a partir hoje, uma série de entrevistas com alguns dos mais importantes arquitetos que têm atuado na Cidade de Juiz de Fora e região nas duas últimas décadas. Estas entrevistas pretendem, a um só tempo, dar publicidade e visibilidade a estes arquitetos e à suas respectivas produções, mas também poder nos fornecer dados mais precisos a respeito de como se produz esta nova arquitetura na cidade e o que pensam os seus principais autores.

Cabe reforçar também que, ao fazermos o mapeamento desta produção e procurarmos saber como agem e como projetam os principais produtores de arquitetura na cidade, estamos contribuindo para que seja semeado um ponto de vista crítico ao redor desta recente produção que acompanha a grande expansão da construção civil e do mercado imobiliário nos últimos anos.


                                                                                                                                                         Antônio Agenor Barbosa
Coordenador de O THAU DO BLOG
                                                                                    Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novidade no Blog!

Nas próximas semanas, o THAU do Blog publicará entrevistas com os principais profissionais e escritórios na área de Arquitetura e Urbanismo da cidade de Juiz de Fora. Nosso objetivo é fazer um mapeamento e expor as idéias dos mais importantes profissionais que vêm contribuindo de forma qualitativa para a nova produção arquitetônica da cidade e região nos últimos 10 anos.

Não deixem de ler e divulgar esse trabalho inédito! Mandem sugestões e participem!


Por Vitor Wilson

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