quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Experiência em Treinamento Profissional

A experiência de participar do Treinamento Profissional do THAU do Blog foi uma ótima surpresa para mim.
Sobre o ponto de vista de estar participando de alguma atividade dentro da UFJF eu recomendo a todos. É normal que os estudantes de arquitetura apenas comecem a fazer estágio lá pelo 5º e 6º período, por questões de experiência e horário livre. Então antes de começar um estágio, ou ao mesmo tempo, participar de alguma atividade dentro da faculdade, como Treinamento Profissional, monitorias, pesquisas, e outros, é tão importante como experiência quanto.
Especificamente sobre esse TP, tive uma ótima experiência. Acabei entrando em contato com várias áreas da arquitetura para desenvolver os posts. Entrei em contato com professores, conhecendo um pouco de suas histórias, como estudantes, como profissionais e como pessoas. Entrei em contato com profissionais da área que fundaram alguns dos maiores escritórios da cidade.
Todas essas experiências aumentaram meu campo de visão, quanto à arquitetura que está sendo feita, na cidade, no Brasil e no mundo e, didaticamente, quanto à que eu quero fazer. Me deu um gás para procurar novas experiências, como estágio e outras atividades dentro da UFJF, e a procurar novos conhecimentos através de livros e dos professores.
Novamente recomendo a todos. E gostaria de agradecer ao professor Antônio Agenor, que coordenou este projeto, e a todos os Arquitetos e Urbanistas que gentilmente cederam seu tempo para nos ajudar.

Por Daniela Almeida

1 ano de O Thau do Blog

     Em breve O THAU DO BLOG completará 1 ano de existência. E após esse tempo trabalhando neste projeto, posso concluir que foi uma experiência maravilhosa e muito importante no desenvolvimento de minha vida acadêmica. Pesquisar, ler, aprender e poder compartilhar tudo isso com outros interessados pela Arquitetura é muito satisfatório. Receber respostas, saber das opiniões e interpretações dos leitores, que nem sempre são iguais às nossas, só nos faz abrir o ângulo de visão e percepção das coisas, enriquecendo nosso conhecimento.

     O nosso objetivo sempre foi de apresentar informações inéditas aos leitores do Blog, informando sobre os principais eventos de Arquitetura da cidade de Juiz de Fora e região, divulgando palestras, seminários, bienais. Sempre que possível fomos nesses eventos para depois poder falar sobre eles no Blog, mantendo atualizados até mesmo aqueles que não puderam comparecer. Com o passar do tempo surgiu o interesse de realizar um estudo e uma interpretação da Arquitetura de Juiz de Fora, e para isso, nada melhor do que escutar aqueles que tem produzido Arquitetura na cidade atualmente. Então fomos a campo visitando alguns dos principais escritórios e conversando com os arquitetos que neles atuam. Tenho certeza que foi extremamente enriquecedor tanto para nós que desenvolvemos as entrevistas quanto para aqueles que tiveram a oportunidade de lê-las aqui no Blog. Esses profissionais, muitos deles professores além de arquitetos, nos receberam muito bem e falaram com muita propriedade sobre a Arquitetura.

Fazer parte da equipe editorial do THAU DO BLOG, e ser orientada por um professor tão capacitado só me trouxe benefícios. Por isso, venho aqui agradecer aos colegas Vitor Wilson, Daniela Pereira, Luisa Feyo e ao professor Antonio Agenor pela oportunidade de crescimento. O THAU DO BLOG foi amadurecendo com o passar do tempo, assim como nós. Hoje ele apresenta matérias que realmente discutem a Arquitetura, do mundo e de Juiz de Fora, repleto de opiniões, de sugestões, de conhecimento.

     Mais um ano se inicia para o THAU DO BLOG, e com certeza muitas novidades virão. Novas pessoas, novas idéias e novos pontos de vista. Por que aqui é um lugar para se discutir Arquitetura, e não impor conceitos.

Por Camila Fonseca Pinheiro.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Entrevista: Eduardo Felga

Na quarta entrevista com alguns dos principais escritórios de arquitetura da cidade de Juiz de Fora, apresentamos o arquiteto Eduardo Felga, um dos Diretores, junto com Daniele Baião, do escritório Arquitetônica. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFJF em 1999 – a quarta turma de arquitetura formada na cidade - Felga nos fala sobre suas experiências com um mercado de trabalho limitado na época e sobre a evolução da arquitetura na cidade desde aqueles anos até os dias atuais.
        A equipe do escritório atualmente conta com seis membros: Eduardo Felga, Daniele Baião, Natalie Piazza, Débora Verônica, Bruno Tavares e Daniel Moratori (na foto da esquerda para a direita).



O THAU do Blog: Você se graduou em arquitetura e urbanismo pela UFJF em 1999, e se especializou em Desenvolvimento Estratégico do Projeto em Engenharia e Arquitetura em 2001. Como era a demanda do mercado de trabalho quando se graduou? O que te levou a fazer uma especialização logo em seguida?

Eduardo Felga: Naquela época havia poucos escritórios de arquitetura na cidade e a escola de Arquitetura em Juiz de Fora estava iniciando, pois fomos a quarta turma a se formar. Portanto, a cultura de se contratar um arquiteto ainda era pequena e a tradição da Faculdade de Engenharia na cidade prevalecia. Os escritórios da cidade, apesar de poucos, estavam desenvolvendo ótimos trabalhos e começando a mostrar para a sociedade a importância do trabalho do arquiteto.
A oportunidade de conciliar as atividades do escritório com um curso de pós-graduação em Juiz de Fora foi decisiva na escolha do curso, com um tema de interesse na minha carreira, além de prestigiar a Faculdade de Arquitetura de nossa cidade.


OTDB: Como surgiu a oportunidade de trabalhar em um escritório próprio?

EF: Quando nos formamos no início de 1999, eu e Daniele Baião fomos convidados pelo arquiteto Alvaro Giannini, que havia sido nosso professor na UFJF, a constituirmos um escritório e fundamos o GF&B Arquitetos. Todo colaborador quando entra para nossa equipe, contamos uma historinha de nossa origem. Começamos a trabalhar com poucos recursos e como queríamos vencer com nossos próprios esforços, montamos nosso escritório em um cômodo de 3x3m nos fundos da garagem da casa da Daniele, no bairro Bom Pastor. Fomos um dos pioneiros no bairro e desde então não saímos mais, mudando para um sobrado de quarto e sala e depois para o atual endereço na esquina da praça. Mas não foi fácil conquistar nosso espaço, foi preciso paciência e perseverança para chegar a nossa carta de clientes que foram aparecendo a partir de indicações por trabalhos executados. Esta formação de arquitetos titulares se manteve por seis anos até a saída de Alvaro, permanecendo como sócios eu e a Daniele e o escritório passou a se chamar Arquitetônica. 


OTDB: Durante a graduação, você teve alguma experiência em escritórios de arquitetura?

EF Sim. Como fiz curso profissionalizante em Eletrotécnica no CTU e tendo feito dois estágios na Usiminas e Mendes Jr, eu já sabia que aliar a vida acadêmica à experiência prática era essencial para a formação profissional. Desde o 5º período procurei estagiar nos mais diferentes ramos da arquitetura, desde monitoria de PA, Empresa Jr da UFJF, IPLLAN a escritórios de arquitetura. Estes últimos, sem dúvida foram um divisor de águas na minha percepção do criar arquitetura e como é o cotidiano de um escritório de arquitetura. Carregarei para sempre em meu DNA a experiência que adquiri nos escritórios de Hérmanes Abreu, Rogério Mascarenhas e Demetre Anastassakis, no Rio de Janeiro.


OTDB:Em sua opinião, como você acha que está a demanda de mercado para as pessoas que estão se graduando em arquitetura e urbanismo agora em Juiz de Fora?

EF Estou muito otimista para o mercado de trabalho pelo menos até 2020, não só para a construção civil e nós arquitetos, mas para todo setor de prestação de serviço. Temos que aproveitar os bons ventos da “década do Brasil”, dito por um amigo português, e construirmos nossas carreiras com dedicação e solidez. Apesar do número crescente de escritórios na cidade, já que temos duas escolas de arquitetura, creio que há campo em todos os ramos da profissão. Acredito que com o aumento do número de profissionais atuantes no mercado, com certeza teremos uma melhoria na paisagem urbana e planejamento de nossa cidade.


OTDB: OTDB: Alguns dos maiores escritórios de arquitetura de Juiz de Fora tem como arquiteto titulares profissionais que atuam paralelamente como professores. Em que o fato de trabalhar como professor auxilia nos projetos de um escritório?

EF Como professores, somos obrigados e estimulados a estar sempre nos atualizando, estudando e pesquisando para resolvermos ou respondermos quaisquer questões trazidas pelos alunos. Mas, na minha opinião o principal fator é a oxigenação. Todos os semestres nos deparamos com inúmeras soluções projetuais para uma mesma situação. A orientação e avaliação destes trabalhos nos permite experimentar um volume de projetos que seria impossível em um escritório.


OTDB: Durante a formação e também na vida profissional quais arquitetos mais serviram de inspiração e de referências para vocês?

EF Há inúmeros arquitetos cujo trabalho nós admiramos e com certeza influenciam em nossa produção. Para citar somente alguns, Eduardo Souto de Moura, Richard Meier, Rino Levi, Gustavo Penna, Una Arquitetos, Álvaro Puntoni, Mário Biselli e claro Alvaro Giannini.


OTDB: Já há algum tempo que Juiz de Fora vivencia o chamado “Boom Imobiliário”, em toda a cidade estão sendo construídos muitos edifícios uni e multifamiliares em grande velocidade. O que você acha da arquitetura que vem sendo reproduzida na nossa cidade?

EF De uma maneira geral, estamos tendo uma melhoria na qualidade arquitetônica da cidade, principalmente nas residências unifamiliares. Na produção de edifícios multifamiliares vemos alguns bons exemplos de arquitetura, mas há alguns equívocos como os de estilo neoclássico lançados recentemente que, infelizmente, pelo que parece, faz algum sucesso com o público.
As construtoras estão descobrindo que um projeto elaborado por arquitetos engajados em realizar uma boa arquitetura, ao invés de contratar profissionais não habilitados ou que visam somente o mercado imobiliário, é um bom negócio, pois agrega valor ao empreendimento.
Em outros setores como de lojas comerciais houve um salto gigantesco de pouco tempo para cá. Um bom exemplo são as lojas do Independência Shopping, não conheço outro que tenha um percentual de lojas tão bonitas e bem elaboradas quanto este. Isso exige dos comerciantes do centro da cidade dar um “up grade” em seus estabelecimentos a fim de atender aos clientes cada vez mais exigentes e conhecedores da boa arquitetura.
Recepção do escritório 


Publicado por Daniela Almeia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Entrevista: Arquiteto Rogério Mascarenhas - Mascarenhas Arquitetos Associados

Rogério Mascarenhas em frente ao Escritório

Natural de Juiz de Fora, o arquiteto Rogério Mascarenhas vem comandando seu escritório desde 1996 demonstrando uma política de formação de uma equipe competente e coesa, que recebera contribuições de diversos profissionais que hoje já não estão mais na empresa mas que deixaram seu legado na arquitetura da cidade. O trabalho e empenho desses profissonais vem sendo reconhecido internacionalmente e, conta hoje com uma publicação em mandarim pela LST International Book Publishing Center.

Essa é a terceira entrevista que o Thau do Blog publica com alguns dos principais escritórios de arquitetura que têm atuado na cidade de Juiz de Fora nas últimas décadas. Agradecemos a todos os envolvidos e especialmente ao Rogério Mascarenhas pela objetividade e pela disponibilidade de concedê-la. Essa entrevista foi elaborada e realizada pelo aluno Vitor Wilson, da Equipe Editorial do Blog.

Equipe do Escritório Mascarenhas


Entrevista Rogério Mascarenhas:

1. Você é natural de Juiz de Fora? Qual a sua formação acadêmica/ profissional?
Rogério Mascarenhas (RM): Nasci em Juiz de Fora. Me graduei no Rio de Janeiro, e conclui um mestrado na Universidade Politécnica da Catalunha em Barcelona, Espanha.

2. A respeito da escolha pela escola de Arquitetura e Urbanismo. Como e em que momento surgiu a vontade de ser arquiteto, o que isso representava para você? Houve influência de alguém ou alguma coisa nessa decisão?

RM: Já dizia que seria arquiteto desde a infância. Estou muito ligado a área de criação e desenho desde muito cedo.


3. Ao se formar, já se sentiu apto e seguro para atuar como arquiteto? Como surgiu a idéia de trabalhar em um escritório próprio? Como estava o mercado na época em que você finalizou a graduação? Houve uma fácil aceitação do seu trabalho ou foi necessário um período maior para entrar efetivamente no mercado da construção?

RM: Acho que nenhuma universidade prepara totalmente para o exercício da arquitetura. Existe uma distância entre a formação acadêmica e a prática real da profissão. Quando me formei havia uns raros empregos para arquitetos na prefeitura, ainda não havia escolas de arquitetura, e as construtoras também não contratavam arquitetos. Abrir um escritório, e trabalhar para quem precisasse era a única opção. O Brasil vivia uma crise que já durava décadas, não havia a demanda que existe hoje. Por outro lado, eu abri o primeiro escritório-empresa exclusivamente dedicado ao desenvolvimento de projetos na cidade, com placa na porta, publicidade nos jornais, etc... Isto me fez sair na frente, conquistar clientes, abrir caminho e valorizar uma profissão que era quase inexistente em Juiz de Fora.


4. Quais são as suas principais referências estéticas e projetuais ao desenvolver um trabalho? Quais arquitetos mais te influenciaram e/ou ainda influenciam no seu trabalho?
RM: As referências que possuímos são o conjunto de tudo que nós vivenciamos, aprendemos ou conhecemos. As experiências que mais te marcam e emocionam costumam ser suas influências mais fortes. Admiro o trabalho de Niemeyer, Zaha Hadid, Issay Weinfeld, Frank Gehry, Gustavo Penna, Foster, Piano, entre outros.

5. Fora a arquitetura você tem alguma outra aptidão ou desenvolve outro tipo de atividade?
RM: Tenho inúmeros interesses culturais e de conhecimento em geral. Sou um curioso e gosto de ler, aprender, evoluir e buscar o equilíbrio enquanto ser humano. Sou especialmente interessado em arte, história, geografia, viagens e assuntos da espiritualidade.

6. Qual o peso de ganhar diversos prêmios e concursos exerce na vida de um arquiteto? E quanto às atividades dentro do escritório?
RM: Este processo de fazer arquitetura em uma cidade que praticamente ignorava esta profissão me fez querer mostrar as qualidades e as nuances desta atividade. Prêmios e concursos são o reconhecimento público deste trabalho por parte de outros profissionais. Estamos, eu e meus sócios (Mário, Fábio e Pryscilla), sempre buscando a autossuperação nos desafios que surgem em nosso escritório.

7. O seu escritório aparenta ter um interesse em manter uma imagem internacional: diversas vezes você disse ter freqüentado festas em Ibiza e por toda a Europa acabando por conceber um projeto aos moldes para o Privilège Juiz de Fora, além de manter publicações internacionais como a publicação de dois projetos pela LST International Book Publishing Center, inclusive com versões em mandarim. Como o escritório vê esse viés internacional? Seus projetos seguem uma tendência internacional? A arquitetura brasileira ainda se destaca no cenário mundial?
RM: É preciso estar atento ao que acontece no mundo. Se vou projetar um Privilège é importante saber como são os clubes de São Paulo, Tóquio, Londres ou Ibiza. Quanto maior seu leque de referências, maior será seu repertório de possibilidades. O mundo já está muito integrado, globalizado e até mais uniforme do que eu gostaria. A arquitetura brasileira precisa, como qualquer outra, tentar resgatar suas particularidades e singularidades para voltar a encantar o mundo como foi nos meados do século passado. Há sinais que isto está começando a ocorrer. As pessoas de todo o mundo não querem a estandartização. Todos querem se ver únicos, especiais, realçando suas identidades. Temos que resgatar nossa brasilidade.

8. Estamos vivendo uma época de valorização imobiliária e de crescimento de Juiz de Fora, inúmeros empreendimentos em andamento, problemas surgindo e outros sendo consolidados como a dificuldade de mobilidade na cidade. Você vê alguma solução pra isso? E quanto ao que vem sendo produzido, como você enxerga a arquitetura juizforana?
RM: Eu vejo solução para todos os problemas que afligem nossas cidades, pois penso e vivo esta questão urbana o tempo todo. O que falta são debates, vontade, união, esforços e recursos; cada um está agindo por si, sozinho, só pensando em seus interesses imediatos. Este caminho é mais longo, sofrido, equivocado e representa um gasto de energia. Levará muito tempo para arrumar as nossas cidades que se tornam um amontoado de equívocos. A mobilidade depende de um sistema de transportes públicos racional e troncalizado, aliado à intermodalidade de sistemas e um planejamento eficaz acompanhado de fiscalização.

9. Você acompanha a produção de outros escritórios e colegas aqui na cidade? Quais os projetos e/ou obras que não são do Escritório Mascarenhas que você destacaria como projetos de qualidade?
RM: A arquitetura de qualidade em Juiz de Fora, como em todo Brasil, ainda é muito dispersa. A profissão ainda é pouco valorizada. Cito algumas obras do Arcuri, o Clube Juiz de Fora de Francisco Bolonha, o Banco do Brasil do Niemeyer, a sede da Multitek de Álvaro Granini, a sede da Pangea do Lourenço Sarmento, a Garrafaria do Skylab, uma casa da Patium no Spinaville. São alguns Trabalhos que admiro.

10. Existem projetos do Escritório Mascarenhas em outras cidades ou regiões?
RM: Tenho projetos mais conhecidos em Juiz de Fora e região, pois vivi no Rio e em Barcelona, mas foi aqui que escolhi para me estabelecer e colaborar com meu trabalho. Mas já são dezenas de projetos no Rio e em dezenas de outras cidades; no Pará, no DF, em Santa Catarina, etc...
Interior do Escritório Mascarenhas
11. Como lida com as críticas ao seu trabalho?
RM: As críticas a uma ou outra obra não podem ser confundidas com críticas pessoais. Há também obras minhas, que por diversos motivos, eu tenho críticas a fazer. Aliás, sou mais crítico com meus próprios trabalhos que com o dos colegas. Críticas são indispensáveis e inevitáveis, pois cada pessoa pensa de um jeito, mas críticas sem conteúdo, embasamento ou conhecimento do processo ficam desprovidas de validade.

12. O que você tem a dizer para os jovens estudantes de arquitetura? Que sugestões e conselhos tem a dar para quem está prestes a entrar no mercado profissional?
RM: Sejam observadores, aproveitem todo o tempo do mundo para estudar e aprender. Procurem saber cada vez mais e pratiquem para se destacarem. Trabalhem com amor pelo que fazem, sirvam com empenho a seus “clientes” (sejam eles seus alunos, colaboradores ou contratantes) e estejam dispostos a fazer a melhor transformação dos espaços que vocês conseguirem fazer. Xô preguiça!

13. Enumere alguns livros que você julgue essenciais para a boa formação de um arquiteto/urbanista. Em que ponto esses livros mudaram a forma de você pensar e avaliar a sua própria produção?
RM: São centenas de livros que se acumulam em minha formação, cada um contribui um pouco. Muitos não são exatamente de arquitetura, pois o conhecimento não tem fronteiras. Mas cito o Saber Ver Arquitetura do Bruno Zevi; a Linguagem Moderna da Arquitetura e seus cânones; os livros de história de Benévolo e Frampton, o Delirious New York e Mutaciones do Koolhas; a cidade dos Arquitetos de Terence Moix, a El Croquis que esmiúça a obra e o pensamento de diversos arquitetos. Estas obras ampliam a forma de ver a arquitetura.

Entrevista realizada em Dezembro de 2011 por Vitor Wilson.

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