quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Escada Piano

Como fazer com que mais pessoas escolham as escadas, fazendo isso de uma forma divertida?




O Thau do Blog deseja a todos os seus leitores um Feliz Ano Novo!



Por Vitor Wilson

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal Sustentável

     Foram utilizadas mais de vinte mil peças de embalagem para construir a mais alta árvore de Natal do mundo feita com materiais recicláveis. A árvore de 20 metros de altura foi construída este ano e decora a principal entrada de Larnaca, cidade situada na costa sudeste da ilha de Chipre.
       A ideia, além de original, é sustentável. O vídeo mostra a sua montagem: 


Por Camila Fonseca Pinheiro

domingo, 18 de dezembro de 2011

Arquitetura Dinâmica

Stand de vendas e relacionamento
O que você entende por Arquitetura dinâmica? Uma arquitetura efêmera como stands itineirantes? Ou vitrines sazonais? Quem sabe showrooms transitórios?

Na verdade, o que quero tratar hoje é uma arquitetura composta de alta tecnologia, responsável pelo movimento de uma edificação.

Com certeza todos já viram projetos incríveis nessa área como Winding Rotating Power Tower na cidade onde tudo é possível: Dubai. Uma torre de 78 andares totalmente giratória e que está prevista para ser exportada para Nova York e Moscou.

Esquema Dinamic Tower

Aí você pensa no gasto energético de um prédio como esse, mas como seu próprio nome já diz, a produção de energia será feita através da captação de recursos da natureza por turbinas eólicas e placas fotovoltaicas e segundo seu projetista, David Fisher, tal energia verde é suficiente para alimentar o prédio e mais outros 10 do mesmo tamanho.

Talvez o que você não sabia é que o primeiro prédio giratório do mundo foi erguido aqui no Brasil, em Curitiba/PR em 2004. Claramente não é um edifício altamente sustentável como o de Fisher, mas merece créditos por ser um prédio residencial inteligente (smart-house) e energeticamente econômico, devido principalmente a sua pouca complexidade e ao seu pequeno porte, se comparado a outros edifícios do gênero.

Assista ao vídeo sobre a torre dinâmica de Curitiba:


Por Vitor Wilson

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Homem e natureza

     É possível se relacionar, viver e interagir em um ambiente até então intocado? Qual será a melhor maneira, a menos invasiva, de habitar uma natureza completamente nova ao ser humano? Foi pensando nisso que o escritório dinamarquês JAJA Architects desenvolveu o projeto ''Watchmans Hut'', que consiste na inserção de casas completamente espelhadas com a intenção de refletir o entorno e, de certa maneira, se camuflar no meio da natureza inalterada. 

     O vídeo a seguir ilustra essa idéia:
 



Por Camila Fonseca Pinheiro



sábado, 10 de dezembro de 2011

Ramos da Arquitetura: Arquitetura Hospitalar

Todos nós, em uma, duas, várias vezes, durante o curso nos pegamos na seguinte pergunta: que ramo da arquitetura mais me interessa? Pois a melhor opção pra responder essa pergunta é você tentar vivenciar o máximo da arquitetura que te for proposto. E o que não for proposto, você abre mão das ferramentas que tem: livros e internet. Nesse post pretendo esclarecer um pouco sobre o que vem a ser o ramo da arquitetura hospitalar.
O arquiteto que seguir esse ramo será um dos arquitetos mais requisitado do mercado atualmente. Mas não é à toa, é um dos profissionais mais completos, que entende desde programas de grandes hospitais, passando por posto de saúde, até clínicas particulares. Um arquiteto que entenda de conforto ambiental, térmico e lumínico, Regulamento Técnico de vigilância sanitária, setorização bem definida, materiais e equipamentos tecnológicos específicos, aliando estética e técnicas construtivas.
Um hospital é uma edificação complexa que, como as outras, é perene, porém deve manter a flexibilidade para estar se reajustando sempre que precisar. Abriga as maiores tecnologias do mundo, e como as tecnologias mudam a cada ano, o hospital precisará prever essa mudança. Mudança de layout, de setor, ampliações.
Além disso, organizar até 120 atividades, até 24 horas por dia, em uma setorização quase perfeita, que dê total liberdade a médicos e funcionários, mas limite acesso a pacientes, não é fácil. Mas com certeza é compensadora.
Uma boa arquitetura hospitalar permite sanar algumas deficiências do Sistema único de Saúde. Uma arquitetura que acolha os usuários, que transmita pessoalidade, conforto e confiança, pode melhorar o atendimento para os usuários, tanto pelo aconchego do local, quanto pela boa vontade dos funcionários.
Links interessantes sobre o assunto:

Por Daniela Pereira Almeida

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Paul Goldberger

Hoje (23/11) foi o último dia do seminário Arq.futuro, em São Paulo. O evento contou com a participação de Paul Goldberger, crítico de arquitetura da revista The New Yorker. 
      O Jornal Folha lançou uma nota online muito interessante sobre o fato e sobre as opiniões instigantes de Goldberger e Terence Riley, que foi curador de arquitetura do MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York).

      "Em boa parte do século 20, pensamos nos prédios que ficam em primeiro plano e esquecemos o pano de fundo", fala Goldberger. "Temos arranha-céus e museus de arte, mas as ruas são mais importantes do que os prédios."
      Na visão dele, Brasília é um exemplo de cidade feita como cenário, pensando só nesse primeiro plano. "É uma enorme coleção de belos objetos", afirma. "Mas eles não compõem uma cidade real."

      Vale a pena conferir!


Por Daniela Pereira Almeida

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Entrevista: Arquitetos P.C. Lourenço e Bruno Sarmento - Lourenço l Sarmento Arquitetos


          O Escritório Lourenço / Sarmento é dirigido pelos arquitetos Paulo César Lourenço e Bruno Sarmento, ambos nascidos em Juiz de Fora. Estabelecido e situado na Cidade de Juiz de Fora desde 1998 e com atuação em âmbito nacional, a produção do referido escritório vem obtendo grande destaque tanto na imprensa local e regional como também nas mídias especializadas nacionais, face à grande qualidade e boa repercussão que alguns dos seus projetos alcançaram em diversas publicações importantes. Esta entrevista com o Escritório Lourenço / Sarmento é a segunda entrevista de uma série que ainda pretendemos publicar em O THAU DO BLOG com alguns dos mais importantes escritórios de arquitetura que têm atuado na Cidade de Juiz de Fora nas duas últimas décadas. 




PC Lourenço (em pé) e Bruno Sarmento

       
       De forma muito gentil e generosa, os Arquitetos PC Lourenço e Bruno Sarmento receberam a nossa Equipe em uma tarde no seu escritório situado no Bairro do Bom Pastor e ali, durante cerca de três horas de boa conversa puderam relatar fatos importantes a respeito da formação de cada um e da constituição desta bem sucedida parceria, além de falarem das suas atuações nas áreas empresariais e como docentes do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES – JF) onde o Arquiteto PC Lourenço também exerce o cargo de Coordenador Acadêmico do referido curso.

     Deixamos aqui registrado o nosso agradecimento à toda a Equipe do Escritório Lourenço Sarmento pela boa receptividade aos nossos propósitos e informamos ao leitor  que a realização desta entrevista  – toda ela gravada em áudio e transcrita posteriormente – envolveu a participação da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG (Camila Fonseca Pinheiro e Vitor Wilson) com a colaboração da aluna Luisa Feyo.

                                                                           Antônio Agenor Barbosa
                                                                                            Coordenador de O THAU DO BLOG
                                                                                          Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

          1) O THAU DO BLOG: Vocês são naturais de Juiz de Fora?


Lourenço l Sarmento: Sim, ambos.


         2) OTDB: A respeito da escolha pela escola de Arquitetura e Urbanismo. Como e em que momento surgiu a vontade de ser arquiteto e o que isso representava para vocês? Houve alguma influência familiar?


LS - PC Lourenço (PCL): A minha escolha não foi feita por caminhos muito diretos, foi uma escolha meio tortuosa, porque quando eu estava me preparando para o vestibular, sempre tive algum interesse pela arquitetura, mas nunca tive influência familiar, pelo contrário, minha família era de uma geração toda de médicos, avô, pai, tios, irmãos, se eu tivesse que ter algum tipo de influência seria pela medicina, mas naquela escolha, talvez a imaturidade, a juventude, eu trilhei caminhos diferentes e fui fazer economia.

Cursei um ano e meio de economia na Federal (UFJF), mas percebi que o meu desenvolvimento era muito inferior ao dos meus colegas de turma, senti que eu não tinha aquela coisa que nos motiva, de ter paixão por aquilo que você faz, ver o seu crescimento, na época como aluno de economia eu não via isso acontecer comigo e me questionei em alguns momentos.

Obviamente, tinha uma grande barreira na época, o fato de não ter o curso de arquitetura aqui em Juiz de Fora. E mais uma vez, a juventude, as ligações familiares, as amizades criavam esse elo muito forte com Juiz de Fora. Mas em alguns momentos eu questionei de fato esse curso de economia dentro desse um ano e meio que eu cursei, cheguei até a trancar um semestre, fiquei aguardando como as coisas iam acontecendo e agora eu digo para vocês que foi pelo viés da medicina que tomei a decisão de fato mais importante na escolha da minha profissão, porque na época o meu pai participava da construção de um hospital na cidade e eu fui ver a obra, fui visitar o hospital e aí eu disse: “quer saber, vou fazer é medicina”, quando na verdade eu estava já me encantando era pelo processo de obra, pelas soluções espaciais e construtivas e a escolha da faculdade foi também uma coisa de grande oportunidade em minha vida porque eu estava ainda cursando economia e surgiu, naquela época não era muito comum, o vestibular no meio do ano na Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. E foi num desses vestibulares de meio de ano que tomei a decisão de mudar. De junho a agosto eu deixei de ser estudante de economia para ser estudante de arquitetura.

LS - Bruno Sarmento (BS): Eu sempre imaginei fazer arquitetura, muito pelo prazer do desenho, ai tem aquela fase natural de transição entre pensar vou ser designer? Vou desenhar carros? Até que eu entendi que a realidade que mais se aproximava do que eu gostaria de fazer era a arquitetura. Não me lembro em que momento exatamente isso aconteceu, mas sempre tive esse interesse pela arquitetura e comecei a pensar nisso muito cedo, sempre ligado ao desenho, ao lado gráfico. Não conhecia nenhum arquiteto pessoalmente, mas tinha sempre na família uma tradição muito grande de envolvimento com construção. Sempre vivi num ambiente de obra mas sem compreender a relação daquelas obras com arquitetura. O prazer pela obra sempre me acompanhou na infância, mas uma coisa muito empírica, muito informal, construções feitas justamente sem projeto, esse interesse talvez estivesse um pouco associado a isso, mas não naquele momento com a idéia de que aquilo era arquitetura.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entrevista: Professor Fabio Lima

Entrevista realizada com o Professor Fabio José Lima para O THAU DO BLOG.
Fábio José Lima é Professor no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora desde 1999. Atualmente reside em Veneza (Itália) onde realiza o seu estágio pós-doutoral na IUAV Università di Venezia. Convidado pela equipe de O THAU DO BLOG para responder a uma entrevista sobre a sua formação e sobre as suas atividades como professor e pesquisador, Fábio Lima nos ofereceu respostas bem detalhadas e precisas que nos dão a oportunidade de perceber a sua grande contribuição para as pesquisas sobre Urbanismo no Estado de Minas Gerais e no Brasil, como também nos traz algumas reflexões a respeito da formação do arquiteto e urbanista nos dias de hoje e sobre o acelerado processo de expansão da Cidade de Juiz de Fora.
Deixamos aqui o registro do nosso agradecimento ao Professor Fábio Lima pela maneira gentil, atenciosa e muito criteriosa com que atendeu ao nosso convite para esta entrevista que se segue abaixo. Cabe mencionar que toda a pesquisa e produção desta entrevista foram feitas pela aluna Daniela Pereira Almeida, da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG.
                                                                                                  Antônio Agenor Barbosa
                                                                                       Coordenador de O THAU DO BLOG
Equipe Editorial de O THAU DO BLOG



O THAU DO BLOG: Você é nascido em Belo Horizonte, cursou arquitetura na UFMG, com mestrado na UFBA, e doutorado na USP. O que te trouxe a Juiz de Fora?
Fábio Lima: Isso mesmo. Iniciei o curso noturno de arquitetura na Universidade Gama Filho em 1983. Estava morando no Rio de Janeiro por uma carreira temporária no Exército, como oficial da Brigada Pára-quedista. Em 1986, por meio de uma transferência, retornei para Belo Horizonte para ingressar na Escola de Arquitetura da UFMG. Ali já havia passado pelo curso de Matemática em 1981, tendo iniciado também Desenho Industrial na FUMA, hoje UEMG, e Engenharia Civil na SUAM, no Rio. Estes cursos ficaram incompletos. O retorno para Belo Horizonte foi muito importante, com a experiência de ter vivido no Rio de Janeiro que pude conhecer no dia-a-dia, além da visão do alto pelos inúmeros saltos de pára-quedas. Em 1989 conclui o curso e no ano seguinte resolvi continuar a estudar, tendo me transferido para Salvador na Faculdade de Arquitetura da UFBA. Cursei ali, a partir de 1990 o Mestrado na área de Conservação e Restauro finalizado em 1994 com a defesa da Dissertação intitulada "Bello Horizonte: Um passo de modernidade". Na continuação fui convidado a participar da pesquisa "Levantamento Documental sobre Urbanismo e Planejamento Urbano no Brasil" coordenada pela Profª Maria Cristina da Silva Leme da FAU/USP, na rede Urbanismo no Brasil, no "Subprojeto Belo Horizonte" coordenado pelo Prof. Marco Aurélio A. de Filgueiras Gomes da FAU/FBA. 
Em seguida, como continuação deste trabalho de apoio técnico na pesquisa, fui cursar o Doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tendo iniciado os estudos em 1998 e concluído em 2003 com a defesa da tese "Por cidade moderna: Ideários de urbanismo em jogo no concurso para Monlevade e nos projetos destacados da trajetória dos técnicos concorrentes (1931-1943)". Neste período, como já tinha uma grande vontade de continuar a carreira acadêmica - iniciada como professor temporário na Escola de Arquitetura da UFMG, ainda em 1996 - em uma universidade pública, prestei o concurso para o Departamento de Arquitetura da UFJF, tendo sido aprovado, com a transferência definitiva de Belo Horizonte em 1999. Então, posso dizer que o que me trouxe a Juiz de Fora foi a continuação da carreira acadêmica, a Universidade propriamente dita.
Galpão do curso de Arquitetura e Urbanismo - UFJF


domingo, 6 de novembro de 2011

II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos

     Vem aí o II Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos. O evento será promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, Fundação Museu Mariano Procópio, Mapro e IPHAN, parceria com o Nova Friburgo Country Club, Escola de Belas Artes e Grupo de Pesquisa Histórica do Paisagismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com o apoio da Secretaria de Cultura de Nova Friburgo. Será realizado nos dias 9, 10 e 11 de novembro, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

     A primeira edição do evento foi realizada em nossa cidade, no ano passado, quando foi redigida a "Carta de Juiz de Fora", documento patrimonial e referencial na gestão de jardins brasileiros.


     Além de palestras abordando questões como proteção e preservação de sítios históricos, estão programadas mesas redondas abertas à população. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail jardinshistoricos@yahoo.com.br.


     Confira a programação completa aqui.

Por Camila Fonseca Pinheiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Entrevista: Arquiteto Nikola Arsenic – ARSENIC Arquitetos Associados

Inicialmente convidado para responder à entrevista (veja abaixo as 14 perguntas formuladas pela Equipe de O THAU do BLOG) com perguntas e respostas em separado, fomos surpreendidos positivamente pelo envio de um belíssimo depoimento sobre a sua vida e sobre a própria produção do Arquiteto Nikola Arsenic, (o primeiro entrevistado da série), um sérvio que chegou ao Brasil em 1998 e que nos brindou com uma importante contribuição sobre os desafios de se produzir arquitetura nos dias atuais tanto aqui no Brasil como no exterior, aonde também vem atuando. Deixamos aqui o registro de agradecimento especial ao Arquiteto Nikola Arsenic e à equipe do seu escritório pela maneira gentil e muito prestativa com que sempre atendeu às solicitações da Equipe Editorial de O THAU DO BLOG. Cabe registrar que toda a elaboração e produção desta entrevista foi realizada pela aluna Daniela Pereira Almeida, da Equipe Editorial.

                                                                                                                                                    Antônio Agenor Barbosa
Coordenador de O THAU DO BLG
                                                                                             Daniela Pereira Almeida
    Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

Perguntas formuladas para o Arquiteto Nikola Arsenic.

1.Você nasceu em Belgrado, como chegou até Juiz de Fora? Porque resolveu ficar?
2.Qual é a sua formação acadêmica?
3.A respeito da escolha pela escola de Arquitetura e Urbanismo. Como e em que momento surgiu a vontade de ser arquiteto, o que isso representava para você?
4.Durante sua formação acadêmica, quais arquitetos que mais lhe influenciaram?
5.Ao se formar, já se sentiu apto e seguro para atuar como arquiteto? Como surgiu a idéia de trabalhar em um escritório próprio? Como estava o mercado na época em que você finalizou a graduação? Houve uma fácil aceitação do seu trabalho ou foi necessário um período maior para entrar efetivamente no mercado da construção?
6.Fora a arquitetura você tem alguma outra aptidão ou desenvolve outro tipo de atividade?
7.Recentemente você terminou sua associação com Ueslei Bonin, no escritório Arsenic e Bonin. Você mantém agora sozinho um próprio escritório?
8.Você é professor do curso de arquitetura e urbanismo no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES-JF). Quais disciplinas você leciona? O fato de você ser professor influencia na hora de projetar pelo seu escritório?
9.Quais são as suas principais referências estéticas e projetuais ao desenvolver um trabalho?
10.Seu escritório tem muitos projetos em vários lugares além de Juiz de Fora. Que outras cidades você tem atuado?
11.O escritório Arsenic e Bonin tem muitos projetos em Luanda, Angola. Como se deu essa oportunidade?
12.O que você acha da arquitetura que está sendo feita em Juiz de Fora nos dias atuais?
13.O que você tem a dizer para os jovens estudantes de arquitetura? Que sugestões e conselhos tem a dar para quem está prestes a entrar no mercado profissional?
14.Enumere alguns livros que você julgue essenciais para a boa formação de um arquiteto/urbanista. Em que ponto esses livros mudaram a forma de você pensar e avaliar a sua própria produção?

Respostas recebidas em forma de depoimento.
Por Nikola Arsenic.


Nasci em 1971, na cidade de Belgrado (Sérvia), capital da então Iugoslávia, na confluência dos rios Danúbio com o Sava. Era um belo País de diversidade étnica e beleza natural cujo equilíbrio social e sendo um importante pólo industrial faziam com que a região dos Bálcãs “contaminasse” com seu espírito cosmopolita todo Leste Europeu.

Sob a grande influência do ofício que meu pai, tias e tios, todos arquitetos, exerciam com tanto gosto, cresci engatinhando entre papel vegetal, maquetes e muitas lapiseiras. A decisão de continuar caminhando por esse ambiente de trabalho familiar, portanto foi natural e espontânea. Nem parecia ser tanto uma grande decisão, mas muito mais a lógica da preservação e da continuidade de valores e conhecimentos já agregados.



(Clique no post para continuar lendo...)

Entrevistas com Escritórios de Arquitetura em Juiz de Fora

O THAU DO BLOG tem a grande satisfação de iniciar, a partir hoje, uma série de entrevistas com alguns dos mais importantes arquitetos que têm atuado na Cidade de Juiz de Fora e região nas duas últimas décadas. Estas entrevistas pretendem, a um só tempo, dar publicidade e visibilidade a estes arquitetos e à suas respectivas produções, mas também poder nos fornecer dados mais precisos a respeito de como se produz esta nova arquitetura na cidade e o que pensam os seus principais autores.

Cabe reforçar também que, ao fazermos o mapeamento desta produção e procurarmos saber como agem e como projetam os principais produtores de arquitetura na cidade, estamos contribuindo para que seja semeado um ponto de vista crítico ao redor desta recente produção que acompanha a grande expansão da construção civil e do mercado imobiliário nos últimos anos.


                                                                                                                                                         Antônio Agenor Barbosa
Coordenador de O THAU DO BLOG
                                                                                    Equipe Editorial de O THAU DO BLOG

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novidade no Blog!

Nas próximas semanas, o THAU do Blog publicará entrevistas com os principais profissionais e escritórios na área de Arquitetura e Urbanismo da cidade de Juiz de Fora. Nosso objetivo é fazer um mapeamento e expor as idéias dos mais importantes profissionais que vêm contribuindo de forma qualitativa para a nova produção arquitetônica da cidade e região nos últimos 10 anos.

Não deixem de ler e divulgar esse trabalho inédito! Mandem sugestões e participem!


Por Vitor Wilson

domingo, 30 de outubro de 2011

Calatrava no xadrez

     Os principais projetos do renomado arquiteto Santiago Calatrava foram a inspiração para o designer Thomas Perrone desenvolver um jogo de xadrez.


     Obras como Tenerife Concert Hall, Valencia Opera Hall, Communications Tower, 80 South Street Housing, Fordham Spire e Turning Torso tem as suas miniaturas funcionando como peças do jogo.


Por Camila Fonseca Pinheiro

domingo, 23 de outubro de 2011

Arquitetura como resposta

Até aonde a arquitetura é determinante? 
Até aonde temos o direito, e devemos, 
tentar influenciar na vida das pessoas?

Não são perguntas fáceis de responder. Nem para nós, ainda estudantes, nem para nossos mestres, nem sequer para os mestres de nossos mestres. Isso porque a arquitetura é empiricamente baseada em fatos, muda-se uma vírgula, muda-se muita coisa.
Peter Eisenman projetou o Memorial do Holocausto de Berlim. Conceituou-o sem considerar a presença de pessoas em seu interior, seria apenas uma obra de arte em grande escala em memória das vítimas. O que o arquiteto não contava é que as pessoas animariam o local de uma maneira inesperada e desassociada a um memorial: diariamente pessoas passeiam por lá para tomar sol, merendar, saltar sobre as lousas e, de acordo com ele, até fazem amor...



Mas se por um lado a arquitetura não é determinante, por outro a “má arquitetura” tem feito a sociedade tomar um caminho inverso do desejado.
-Nós clamamos por igualdade e respeito para chegarmos ao fim da violência, mas com nossa arquitetura nos fechamos por trás de grandes muros e portões que apenas aumentam essa distância entre a classe favorecida e a desfavorecida.
-Nós queremos mais convivência entre as pessoas, ter um grupo de amigos em cada local, mas projetamos casas gigantes com área de lazer, academia, e escritório, para que não tenhamos que sair de lá.
-Queremos mais convivência com os familiares, pais e filhos, mas projetamos quartos enormes, cada um com seu banheiro, sua TV, seu computador, para termos “privacidade”.
-Queremos uma arquitetura que nos reflita, somos complexos e contraditórios, compostos por detalhes e, no entanto, projetamos casas minimalistas.


 

O papel do arquiteto é o mesmo do médico, do funcionário público, do atendente de tele-marketing. É o papel de fazer o que estiver ao seu alcance para tentar mudar o mundo. Através de uma arquitetura igualitária, que respeite os usuários e os “não-usuários”; Uma arquitetura que realmente responda aos anseios da sociedade. Temos que olhar além do que vemos para projetarmos edificações que daqui a 100 anos sejam respeitadas pelo que proporcionaram à sociedade.


Por Daniela Pereira Almeida

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Revista é um iPad que não funciona

Esse vídeo feito pelo pai da garotinha mostra como produtos tecnológicos tomam primeiro plano na percepção principalmente dos nativos digitais - as crianças:




Por Vitor Wilson

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Gestão de Multidão - Revendo o Rock-in-Rio

Rock Street, Rock in Rio, Rio de Janeiro 2011. Superlotação de uma área longe dos palcos.

A convite de O THAU do BLOG, o Engenheiro Fernando Saldanha, especialista em gestão de multidão, abre nossa seção de colunistas convidados com esta pequena reflexão sobre os grandes eventos que têm acontecido e que ainda estão previstos para acontecer no Brasil nos próximos anos. Saldanha chama a atenção para o fato de que os projetos de arquitetura devem também ser adequados e bem dimensionados para receber e comportar com segurança estas multidões que se dirigem aos grandes eventos. Confiram:

"O show terminou, mas o Rock-in-Rio de 2013 já foi lançado. Hoje, dia 06 de outubro, teremos Justin Biber no Engenhão, domingo teremos um Fla Flu na Zona Norte enquanto Eric Clapton estará tocando na Zona Oeste.

O Rio de Janeiro hospeda inúmeros grande eventos todos os anos. Alguns são mais do grande, são mega, mas não desenvolvemos uma tecnologia de organizar estes espetáculos. O primeiro dia do Rock-in-Rio foi lamentável, segundo palavras da Roberta Medina, uma das organizadoras do Rock-in-Rio. Este lamento foi rapidamente acompanhado pela observação de que os erros verificados foram devido ao ineditismo do show e que, com o passar do tempo, tudo iria se arrumar. Ontem tivemos o primeiro show do Justin, e hoje o Jornal Hoje da TV Globo noticiou que a organização da entrada do evento iria ser reestruturada e melhorada para evitar a confusão que houve no primeiro dia não se repita hoje, segundo dia. Isto foi divulgado como se um erro no planejamento de um show para mais de 50.000 pessoas fosse algo trivial.

No metrô, cheio, existe pelo menos um caso onde uma passagem larga
desemboca em duas escadas cuja vazão deve ser 50% do que seria a vazão da
passagem. Local altamente propício a um desastre.

Por traz deste método de tentativa e erro existe uma falta de profissionalismo. O desconhecimento do processo de Gestão de Multidão, num evento com milhares de pessoas pode ser uma atitude cujas consequências podem ser fatais.

Um dos tópicos relacionados com a gestão de multidão que passam despercebidos são as falhas do projeto arquitetônico das instalações. A acomodação de uma multidão num evento de forma ordeira e segura depende de três fatores chaves: instalação física, disponibilização de informação para o público e existência de uma equipe de monitoração e controle capacitada.

No metrô existem passagens onde no meio do caminho há uma lixeira
e um extintor. Com a estação vazia não há problemas, mas se houver aglomerações pode causar sérios problemas.

Em todos os três pontos temos errado. Mas destes três, o que passa mais desapercebido é o erro no projeto das instalações. Tomemos o caso do Rock-in-Rio. O projeto era lindo e funcionou muito bem para a transmissão pela TV, mas com relação à segurança do público ele era deficiente. As saídas, incluindo as de emergência, estavam concentradas num dos lados da Cidade do Rock. Havia gargalos internos. A estrutura da tenda VIP interferia na movimentação da pista. A roda gigante estava num local de passagem. O próprio Roberto Medina disse na TV Globo que o próximo Rock-in-Rio terá uma redução de 15% do público. Ou seja, na visão do organizador do Rock-in-Rio havia gente em excesso. Na nossa visão o local é que foi mal projetado. O problema não são as pessoas. Elas nunca são o
problema.

Na cidade do Rock a roda gigante foi colocada num local de
passagem causando um estrangulamento.

O CERNE (www.cernebr.com.br) é um Centro de Estudos que considera que o conhecimento do comportamento da multidão e da forma de como geri-la são pré-requisitos para a montagem de um grande evento seguro e confortável e para isto estamos trabalhando e estudando. A beleza de um projeto é fundamental e ele será mais belo ainda quando abrigar de forma confortável e segura seus usuários."


Por Vitor Wilson 

domingo, 16 de outubro de 2011

Estatísticas


     Uma curiosidade: essa estatística mostra o número médio de arquitetos para cada 1000 habitantes. A média do Brasil é de 0,55 arquitetos/1000 habitantes.

Por Camila Fonseca Pinheiro

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

Professor da UFJF vence I Prêmio Fotografia-Ciência & Arte do CNPQ

Fotografia premiada. Por Fábio José Martins de Lima.

O professor Fábio José Martins de Lima conquistou o 1º lugar no concurso Fotografia-Ciência & Arte do CNPQ na categoria Ilustração científica ou imagem conceitual: 3D, modelos abstratos, maquete, imagem computacional, montagens, imagens compostas, infográficos.

O Título da imagem é "Urbanismo em Minas Gerais: Olhares de engenheiros, arquitetos, geógrafos e outros planejadores. Repercussões sobre a formação das cidades(1960-1996)".

Veja aqui a Lista de vencedores divulgada pelo CNPQ.

O Thau do Blog parabeniza o professor Fábio e já anunciamos que em breve postaremos uma entrevista com ele.


Por Vitor Wilson

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Patrimônio, Memória e Urbanismo

     Entre os dias 23 de Setembro e 03 de Dezembro de 2011, O LAARES (Laboratório de Antropologia da Arquitetura e Espaços da UFRJ), organiza uma série de seminários voltados para a temática Patrimônio, Memória e Urbanismo.
     O LAARES é uma das linhas de pesquisa do Núcleo de Antropologia dos Objetos, que tem como propósito desenvolver projetos de descrição etnográfica e análise antropológica de processos de construção, manutenção, remodelação e demolição de estruturas arquitetônicas e formas de organização espacial, explorando suas relações estruturais com determinadas cosmologias e formas de vida social.
     A pesquisa é resultado da iniciativa de pesquisadores e estudantes interessados em elaborar uma abordagem propriamente antropológica da arquitetura. Trata-se de um grupo dedicado ao desenvolvimento de pesquisas e de discussões teóricas e metodológicas sobre discursos e projetos da arquitetura e suas vertentes.

Por Camila Fonseca Pinheiro

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Arranhões no piso... na parede... no teto...

Memorial da América Latina

Pra você, Oscar Niemeyer no auge dos seus 103 anos parece gostar de skate? Ainda que seu antigo empregado e hoje, caseiro da Casa das Canoas, tenha me confidenciado muitas extravagâncias do patrão, também acho que não.

No entanto, a famosa prancha com rodinhas parece estar em voga. Isso porque no final de semana passado, o memorial da América Latina, em São Paulo, foi liberado - pelo próprio arquiteto - para o 1º encontro Niemeyer de skate. O evento inédito, visava criar um elo entre arquitetura e esporte. Os 84 mil m² da construção viraram palco de manobras radicais. No local, foi montada uma grande pista, desenhada com base nas obras de Niemayer.

Além de competições de skate, o encontro teve aulas para crianças, exibição de filmes sobre o esporte, shows nacionais e internacionais e uma homenagem a Oscar Niemeyer. Veja o site oficial do evento.

Nessa mesma onda do skate, o campeão mundial Pierre Andre Senizergues, encomendou ao designer e também skatista Gil Le Bon de Lapointe e um arquiteto francês com escritório em Los Angeles, Francois Perrin, uma casa totalmente adaptada à pratica do skateboard.




No projeto é possível andar de skate em totas as áreas e superfícies, internas ou externas. A casa é dividida em três espaços separados. O primeiro inclui o living room, a área de jantar e a cozinha, o segundo inclui um quarto e banheiro e o terceiro, uma área para prática do referido esporte.

A casa PAS (iniciais do dono) é a primeira casa a ser completamente usada tanto para o skateboard quanto para moradia. Cada espaço é apto para a prática do esporte porque o chão se encontra às paredes e ao teto em uma superfície contínua. Sonho de qualquer adolescente skatista.

Maquete do projeto
Assista também o vídeo sobre essa casa.


Por Vitor Wilson

Supermercado "in natura"


O escritório de arquitetura holandês Van Bergen Kolpa Architecten pretende construir um supermercado de 1,6 mil hectares na região metropolitana da Holanda, que inclui Amsterdã e Roterdã. O supermercado oferecerá tudo o que um supermercado comum oferece. A diferença é que os clientes poderão colher os produtos ao invés de pegá-los embalados diretamente das prateleiras.

As ofertas incluem desde frutas e legumes a peixes e arroz. O clima frio da região parece não trazer problema algum. O grupo vai elaborar um sistema que simula os climas tropical e do Mediterrâneo em seu supermercado. Além disso, os arquitetos pretendem utilizar técnicas bastante naturais, como adubar a terra com minhocas e regar as plantações com água natural.

A planta do projeto pode ser vista em uma exposição sobre arquitetura social em São Francisco, nos Estados Unidos. O Park Supermarket, como é chamado o projeto, deve ser inaugurado no próximo ano.

Por Vitor Wilson

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Conselhos de Niemeyer

     O vídeo mostra uma entrevista de Niemeyer para o ENEA BH, em 2009. O arquiteto fala sobre os projetos da Pampulha e do Centro Administrativo. Ele finaliza com conselhos aos estudantes de arquitetura.
     Confiram!



Por Camila Fonseca Pinheiro.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vanna Venturi House

       No post “OTHAU do Blog indica: Robert Venturi” nós falamos um pouco sobre Robert Venturi, um dos primeiros e mais importantes arquitetos pós-modernistas. Nesse post irei apresentar a vocês uma de suas arquiteturas mais conhecidas, e dentre muitas que eu conheci dele, umas das que me chamou mais atenção, por sua genialidade e simplicidade, algo que qualquer um de nós poderia ter projetado.
       A casa em Chestnut Hill, Filadélfia USA, foi projetada para sua mãe Vanna, em 1962. A casa varia entre extremos de complexa e simples, aberta e fechada, ora grande, ora pequena, de forma a causar impacto emocional em seus usuários. Ele também procurou fazer de todos os elementos arquitetônicos uma unidade, sua planta, volume e elementos estéticos. Evidenciando uma simetria deformada de acordo com a necessidade das funções.


       A planta tem um núcleo vertical central que logo na entrada da casa irradia duas paredes diagonais quase simétricas. A simetria é distorcida para ajustar-se às necessidades particulares dos espaços, que têm tamanhos e formas diferentes, de acordo com a função.



       No centro da planta, a lareira e a escada se confundem, se deslocando e distorcendo o formato uma da outra na tentativa de ocupar o mesmo espaço.
       O formato da escada é adequado à maior escala no térreo e à menor escala no segundo andar. Além de reservar um espaço para as pessoas sentarem na escada no térreo ou descansar algum objeto ates de carregá-lo para cima.



       As variadas localizações, dimensões e formatos das janelas, assim como a localização descentralizada da chaminé, refletem a complexidade dos espaços internos. Assim ao mesmo tempo em que a fachada frontal é simétrica, ela é assimétrica.



       A casa é grande e pequena, porque é uma casa pequena em grandes escalas: a lareira é grande, o consolo sobre a lareira é alto, as portas são amplas e os guarda-cadeiras altos. Os cômodos são o mais amplo possível com a diminuição de divisões externas e de espaço apenas de circulação. No exterior a escala é grande graças aos poucos elementos centrais ou simétricos. A moldura de madeira ampliada sobre a porta também aumenta sua escala.
       A composição do edifício combina elementos simples e puros, como retangulares, diagonais e curvos. Os retângulos se relacionam na planta; as diagonais no espaço direcional na entrada e com a função de fechamento e escoamento de água no telhado; as curvas relacionam-se com as necessidades direcionais espaciais da entrada e da escada externa, com o simbolismo da entrada produzido pela moldura e com a seção no teto da sala de jantar.




       Robert Venturi se atém a cada detalhe, resolvendo cada mínimo problema que uma residência trás, sem esquecer-se da parte estética, tão importante na vida das pessoas.

Por Daniela Pereira Almeida

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