quarta-feira, 19 de março de 2014

Ministério Público entra com ação para preservação do Marco Comemorativo do Centenário de Juiz de Fora


O MGTV 2ª edição de hoje, abordou a situação do Marco Comemorativo do Centenário de Juiz de Fora, que se encontra em péssimo estado de conservação com pichações, infiltrações, acúmulo de lixo no entorno e com muitas pastilhas soltas.

Atual situação do Marco - imagem retirada do site acessa.com

Devido a isso, o Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPMG) moveu uma ação em que pede adoção de medidas para a preservação do Marco, tombado pelo município e pela União. Na ação contra o município, os promotores solicitam a elaboração e execução de um projeto de requalificação do espaço da Praça da República. Entre as demandas necessárias ao espaço destacam-se os projetos paisagístico e luminotécnico, instalação de mobiliário urbano adequado, a instalação de placa informativa sobre a história, a autoria e a importância do monumento, bem como a conservação permanente com manutenção de guarda no local e principalmente a restauração do Marco. O propósito é de criar um espaço mais atrativo à visitação e permanência dos habitantes junto a um dos principais atrativos culturais e turísticos da cidade.

“O Marco do Centenário merece o devido destaque, posto constituir-se o primeiro mural modernista em mosaico instalado em praça pública no Brasil. Apesar da notável relevância, o monumento e a Praça da República encontram-se na mais absoluta situação de abandono”, garatem o promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora, José Célio Martins de Abreu, e o coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural de Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda.

A Funalfa esclarece que recebeu cópia da notificação feita ao município pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que tem consciência do problema no Marco Comemorativo do Centenário de Juiz de Fora e alegou que “Dentro do limite de suas atribuições, a Fundação afirmou que vem buscando uma solução e que, neste momento, se esforça por uma articulação entre diversos órgãos da Prefeitura Municipal para responder, devidamente, ao Iphan.”

O monumento localizado na Praça da República, no bairro Poço Rico, foi projetado pelo arquiteto e engenheiro Arthur Arcuri em 1949, com o desenho de seu painel concebido por Di Cavalcanti em 1950, ano em que se começou a construção. A obra foi finalizada em 1951. O monumento modernista foi influenciado pela obra de Oscar Niemayer e projetado para marcar o aniversário de cem anos de fundação da cidade, levando a arte para a praça pública, com o intuito de atingir ao público que passa por ali seguindo ao centro da cidade.

Segundo Arcuri, o monumento foi idealizado como resposta a nova arquitetura onde buscava-se uma forma simples, “uma parede que se curva, se desenvolve e se eleva – e a valorizamos com materiais construtivos de nossa época – concreto, cerâmica, pedra – explorando sua cor natural".

Além do Marco Comemorativo do Centenário de Juiz de Fora, Arcuri se destacou através de sua produção arquitetônica, fundamental para arquitetura da cidade, sendo o Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora um dos exemplos de sua obra.

Por Giulia Drumond

Busca

    Visualizações da página

    Translate