O Estádio
Estive na Arena Fonte Nova em Fevereiro deste ano e apesar de já ter sido entregue, o estádio ainda conta com obras sendo realizadas em áreas de acesso especial. O projeto é do escritório de arquitetura Schulitz+Partner em parceria com a Setepla Tecnometal.
A solução formal dos arquitetos foi desenhar o estádio em formato de ferradura, deixando a parte vazada para a região sul onde está o Dique do Tororó - um lago com uma boa área verde e espaço para lazer - permitindo não só uma boa ventilação, como também o uso do estádio durante todo o ano por uma variedade de eventos, em que se pode montar palcos sem ocupar a área do gramado. Sob essa abertura há um restaurante flutuante que empolga os usuários pela experiência cenográfica única.
A estrutura da antiga Fonte Nova estava comprometida e teve que ser implodida. No entanto, mais de 92% dos resíduos do estádio foram reaproveitados na nova arena. Somando-se a isso, a água da chuva será reaproveitada e o consumo de energia otimizado. Os gestores responsáveis pelo empreendimento contrataram uma empresa de consultoria para atingir os quesitos da certificação LEED, concedido pela organização não governamental Green Building Council (GBC).
A Fonte Nova tem cobertura com estrutura metálica mista que demanda 25% menos aço em sua composição, 50 mil lugares, 5 mil acentos removíveis, 2.100 assentos premium, 70 camarotes, 94 banheiros, sendo 23 para deficientes, 40 quiosques de alimentação, área de imprensa, estacionamento com aproximadamente 2,5 mil vagas e um museu do futebol.
O investimento total é de R$ 591,7 milhões, dos quais R$ 323,6 milhões de financiamento federal. O projeto prevê a manutenção das características originais e a construção, em um modelo de parceria público-privada, de prédios que comportarão estacionamento, shopping, hotéis e casa de shows. O grupo responsável pela construção ganha o direito de explorar, por 35 anos, as instalações no entorno do complexo.
O Entorno
Sem grandes obras de mobilidade urbana, governo da Bahia elaborou um projeto de microacessibilidade para a Arena Fonte Nova. São dois viadutos e vias de escoamento de tráfego que farão a ligação direta com o estacionamento do estádio, melhorando a mobilidade na região central da cidade ao custo de R$ 12,5 milhões.
Além disso, Salvador está implantando obras de Rotas de Pedestres para requalificar as calçadas das vias que conectam a Arena Fonte Nova a locais como a região portuária e outros pontos estratégicos. O passeio receberá sinalização tátil para pessoas com deficiência visual e rampas ou faixas elevadas para pessoas com dificuldade de locomoção ao custo de R$ 7,1 milhões.
A Cidade-sede
Estão sendo realizadas reformas no Aeroporto Internacional, que incluem ampliação do estacionamento e pátio de aeronaves, reforma e adequação do Terminal de Passageiros, além de intervenções na torre de controle ao custo de R$ 47,61 milhões. Um novo terminal de passageiros também está sendo construído no Porto de Salvador.
No entanto, o metrô de Salvador que começou a ser construído cerca de 14 anos atrás e até hoje não foi inaugurado, sequer foi contemplado nos planos de ação do governo. Segundo o que a população conta, os trens não passaram pela abertura mal dimensionada dos túneis e se encontram hoje em estado de deterioração. No mês passado houve algumas reuniões entre a prefeitura e o poder estadual mas nenhum acordo parece ter sido concretizado para que as linhas entrassem em funcionamento até a Copa.
Veja a maqute eletrônica:
Fonte
schulitz.de
g1.globo.com
portal2014.org.br
copa2014.gov.br
www12.senado.gov.br
Por Vitor Wilson