A Global Footprint Network disponibiliza online uma calculadora especial.
Você sabe qual é a sua Pegada Ecológica? Esta página vai te ajudar como você contribui ou não para um mundo melhor. Ainda não fez o teste?
Ele estará em nossos links a partir de agora e você poderá se desafiar quando quiser. Dia após dia você poderá reduzir seu impacto.
Eis o meu resultado. Se todas as pessoas tivessem a mesma pegada, seria necessário um planeta e meio a cada ano.
Descubra sua Pegada Ecológica em Footprint Calculator
Visite www.wwf.org.br
Por Jéssica Rossone
sábado, 22 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Arquitetura UFJF
Veja abaixo o vídeo realizado pelos alunos da FACOM/ UFJF com entrevista do Professor Antônio Agenor Barbosa. Ele traz um pouco do cotidiano do acadêmico e do profissional Arquiteto e Urbanista, além da história do nosso curso:
Por Vitor Wilson
sábado, 15 de dezembro de 2012
Duas palestras completam as comemorações de 2012 na Arquitetura
Durante a próxima semana que vem, o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF receberá os professores Rodrigo Cury Paraizo, da UFRJ e Regiane Trevisan Pupo, daUFSC.
Na ocasião, eles ministrarão duas palestras. No dia 18/12, terça-feira, às 17:00 hs no Anfiteatro da Faculdade de Engenharia o palestrante Rodrigo Cury Paraizo apresetará a palestra "Representação de aspectos culturais do espaço urbano em meiodigital" e no dia 20/12, terça-feira, também às 17:00 hs e no mesmo local, Regiane Trevisan Pupo da UFSC apresetará a palestra: "CUSTOMIZAR + FABRICAR = MATERIALIZAR: Rumos da fabricação digital no Brasil". Veja abaixo os folders do eventos:Por Jéssica Rossone
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Qual a sua relação com o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF?
Se você, de alguma forma, participou da história do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, que neste ano completou seus 20 anos, participe e envie um e-mail para memoriau@hotmail.com contando sua experiência!
A Comissão dos 20 anos pretende elaborar um memorial com estes depoimentos.
Por Jéssica Rossone
A Comissão dos 20 anos pretende elaborar um memorial com estes depoimentos.
Por Jéssica Rossone
Resenha A História, cativa da memória? Para um mapeamento da memória no campo das ciências sociais e Patrimônio e cidade. “Sobrevivências” do passado em Ribeirão Pires.
Essa é uma resenha crítica sobre os artigos "A História, cativa da memória? Para um mapeamento da memória no campo das ciências sociais" de Ulpiano T. Bezerra de Meneses e "Patrimônio e cidade. “Sobrevivências” do passado em Ribeirão Pires" de Cláudio Rogerio Aurelio e Marina Veiga Scalabrini, traçando um paralelo entre as leituras e as vivências da nossa Juiz de Fora.
A marginalização do esquecimento:
Começo
essa resenha pelo autor Ulpiano
Meneses por fazer um estudo afim de definir melhor o conceito e as funções do
termo memória e finalizar seu estudo obtendo limites entre a história e a
memória. Para isso, ele selecionou cinco problemas-chave:
A
resgatabilidade da memória:
A
caracterização mais comum de memória é aquele acúmulo de informações. Muitas
vezes se pensa ser algo definido e acabado, condenado ao esquecimento, por
isso, deve ser não só preservada e restaurada, mas também resgatada.
No
entanto, Ulpiano parece desacreditado quando ressalta que a memória é mutável,
um constante processo de construção e reconstrução e que a heterogeneidade
presente na memória individual de cada pessoa torna seu resgate uma ilusão.
O
peso do passado:
A
elaboração da memória se dá no presente e para responder a solicitações do
presente, como por exemplo um objeto antigo que fora fabricado atendendo os
anseios de seu tempo e agora é usado para decorar um ambiente ou para ser
exibido em um museu. Esse objeto tem todo o seu significado drenado e se
recicla como algo portador de sentido. É do presente que ele tira sua
existência. E se é do presente que se faz a construção da existência, não
devemos esquecer que a referência do passado é essencial para se construir a
memória, pois com a mudança ao longo do tempo, o presente pode permanecer
incompreensível e o futuro pode deixar de ser contemplado em qualquer projeto.
A
memória indivisível:
É
preciso ao menos duas pessoas para que a rememoração se reproduza de forma
socialmente apreensível. Essa memória condividida se opõe à memória individual
e pode ser de duas categorias: memória coletiva e memória nacional.
A
memória coletiva é um sistema organizado de lembranças que se respalda em grupos
sociais situados no tempo e no espaço. Podem coexistir varias memórias
coletivas que se relacionam de diversas maneiras.
A memória nacional é o
tronco cultural que se tem, responsável pela criação de uma identidade nacional
e pela compreensão histórica dos fenômenos.
O problema está na
transferência da memória individual para uma das duas naturezas coletivas, já
que para o autor, a rememoração é somente apreendida em conjunto.
Sem
o esquecimento a memória humana seria impossível, é por isso que Meneses diz
que ela depende de mecanismos de seleção e descarte. Apesar da falta de estudo
na área, ele ressalta que há situações que podem propiciar o esquecimento como
a tentativa de esquecer a morte, levando consigo a polaridade de funções dos
cemitérios no Ocidente; a amnésia na história dos excluídos e oprimidos de
todos os tipos como mulheres e escravos e também as lembranças proibidas,
indizíveis ou vergonhosas como o caso dos campos de concentração nazista.
As
estratégias e administração da memória:
Existe
uma grande problemática social da memória e para resolvê-la é preciso
considerar o sistema, os conteúdos e incluir os agentes e suas práticas - todos
aqueles que vivenciam e constroem sua história.
Memória/História:
Ulpiano
Meneses conclui que a memória é um objeto da história, necessária para se
constituir e reforçar a identidade individual, coletiva e nacional. Uma
operação ideológica de representação e reorganização do universo das pessoas.
Já a história é uma operação cognitiva, uma forma intelectual de conhecimento.
Para
os autores Claudio Rogerio e Marina Veiga, a ideia de patrimônio esteve durante
muito tempo, ligada à antiguidade ou à um caráter que pudesse diferenciar dos
demais o aspecto visível do objeto em questão. Esse conceito prevaleceu
inclusive nos órgãos de preservação e acabou por privilegiar os monumentos
arquitetônicos principalmente por carregarem esses atributos em sua
materialidade. Contudo, esse pensamento vem se dilatando nas ultimas décadas, procurando
englobar outras expressões culturais e fazendo com que o monumento
arquitetônico se torne também uma estrutura de memória, de ações sociais e
inserido no contexto urbano e ambiental.
Mas
mesmo com essa nova concepção, o que se preserva é a memória de um determinado
grupo social, pois muitas vezes acaba se transformando em interesse coletivo
aquilo que é interessante apenas à uma parcela, e isso tem sido um eficiente
instrumento de legitimação do poder. A escolha sobre o que preservar deve levar
em consideração as múltiplas vivências para possibilitar que todos os grupos
sociais reconheçam suas ações no passado e se apropriem de direitos no
presente, fazendo com que o patrimônio passe a ser parte das relações sociais e
deixe de ser apenas objetos pontuais, “bairros” ou “cidades históricas”. Cabe
ressaltar aqui a proximidade com as estratégias e
administração da memória de Ulpiano, já que os três autores concordam que é
preciso reunir todos os agentes que constroem a história.
Tomando
a cidade como referencial para a adoção de políticas de preservação, garantimos
a continuidade da sociabilidade, da história acumulada e do sentimento de
pertencimento de toda a população. Em detrimento, alguns projetos urbanísticos
vem desconfigurando as cidades em nome do capitalismo e destruindo esses laços
de pertencimento como é o caso dos processos de gentrificação. Essas
modificações que ocorrem ao longo do tempo e que acrescentam à cidade as marcas
de cada tempo, são típicas de uma sociedade capitalista e transformam o espaço
urbano em mercadoria.
O
patrimônio também pode ser vazio de significado quando se torna mercadoria na
indústria turística, inclusive pode ser escolhido por apresentar um potencial
econômico, mesmo que não tenha significado para a comunidade local. No caso do
Pelourinho em Salvador, a reforma do local acabou subindo os aluguéis e
expulsando os moradores de baixa renda que mantinham o patrimônio vivo. Fora
criados então, uma gama de serviços voltados ao turismo, que transformou o
local em um ambiente hostil, puramente visual, deixando de ser vivido. Em
búzios, cidade litorânea do Rio de Janeiro, a passagem de uma atriz famosa,
tornou uma pequena aldeia de pescadores em um pomposo centro turístico no estado,
a Orla Bardot se transformou em uma avenida salpicada de turistas e
completamente sem ligação com a história da cidade. Esses “cenários” criados
são denominados pelos autores, respaldados por Ana Carlos, como um simulacro.
Fazendo
um estudo histórico, Aurelio e Scalabrini, concluem que a formação urbana de
Ribeirão Pires começou, de fato, com a inauguração da São Paulo Railway em
1867, da parada de Ribeirão Pires em 1885 e do Núcleo Colonial em 1887. Até a
década de 50, a cidade permaneceu com características de subúrbio rural, ou
seja, sem acúmulo de capital e, portanto, desprovido de um patrimônio
exuberante, atributo da mercadoria turística.
Isso
não significa que os patrimônios não tenham importância para a sua comunidade,
as olarias por exemplo, foram uma das principais atividades de Ribeirão Pires,
assim como Juiz de Fora foi pioneira na luz elétrica com a primeira
hidrelétrica da América Latina e portanto, representam um grande significado
para a população, não só se tratando das instalações, como também das relações
que as englobam: conhecimento da técnica, representações etc.
Pensar
o patrimônio histórico é pensar na cidade e na cidadania, tendo conhecimento de
que na busca por recursos econômicos imposta pela globalização neoliberal, essa
cidade se torna mercadoria, muitas vezes pela necessidade progressista de
renovação. Preservar é uma atitude política que vai de encontro à essa
transformação do espaço em uma mera mercadoria e também à contínua
homogeneização de nossas cidades.
Preservar
é reapropriar da cidade à medida em que se pensa o lugar que queremos viver,
pois mantendo nossa história, podemos lançar os olhos no futuro sem pragmatizar
pelos interesses capitalistas, resgatando as cidades como espaços políticos de
sonhos e vivências.
Sobre
os autores:
Cláudio Rogerio Aurelio é
arquiteto e urbanista formado pela Universidade Mackenzie. Integrou o Centro de
Apoio Técnico ao Patrimônio da Prefeitura Municipal de 1998 a 2003.
Marina
Veiga Scalabrini é formada em História pela USP. É Membro do Centro de Apoio
Técnico ao Patrimônio da Prefeitura Municipal e integrante do Conselho de
Defesa do Patrimônio Cultural e Natural de Ribeirão Pires.
Ulpiano
T. Bezerra de Meneses é Professor Emérito da
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, titular
aposentado de História Antiga, docente do programa de Pós-Graduação em História
Social, Licenciado em Letras Clássicas (USP, 1959), Doutorado em Arqueologia
Clássica (Sorbonne, 1964) e foi diretor do Museu Paulista da
USP.
Vitor
Wilson é graduando do sétimo período do curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Juiz de Fora.
Por Vitor Wilson
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Eureka! História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo
A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul disponibiliza um site com um grande acervo direcionado aos alunos de disciplinas relacionadas à História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo, no qual constam vários textos e dicas bibliográficas, além de todas as anotações de aulas feitas pelo professor Caio Nogueira Cordeiro.
Além disso, o site disponibiliza várias normas, catálogos técnicos, blocos para AutoCAD 2D, metologias para projetos e programas para download.
Este site já se encontra nos nossos links à direita, recomendo que aproveitem ao máximo todas as informações. Assim fica fácil estudar, não é mesmo? Agora não tem desculpa!
Por Jéssica Rossone
domingo, 9 de dezembro de 2012
Entre os dias 02 e 06 de junho de 2013, Juiz de Fora sediará o 13º ErgoDesign & USIHC. O congresso, que acontece sem interrupções desde 2001, visa reunir profissionais e acadêmicos para discutir sobre como a ergonomia e a usabilidade podem ser aplicadas para melhorar o funcionamento de qualquer sistema, ferramenta, ambiente ou produto em meio físico e digital.
O evento, que em suas primeiras cinco edições teve como sede a cidade maravilhosa, já passou por Bauru (SP), Balneário Camboriú (SC), São Luís (MA), Cutritiba (PA), Manaus (AM) e Natal (RN), agora tem Juiz de Fora como sua primeira sede mineira.
Alguns dos palestrantes confirmados são Sharon Joines, Raimundo Diniz, Maria Regina Álvares Correa Dias, Marc Lawrence Resnick, Eduardo Ariel de Souza Teixeira e José Guilherme da S. Santa Rosa. O perfil e formação de cada palestrante podem ser vistos nesta página.
A divisão temática proposta em função da necessidade de discussão e difusão das pesquisas inclui desde 2002 temas como ambiente construído e transporte. Isso prova a importância da participação dos profissionais de arquitetura e urbanismo em eventos como estes.
O congresso Ergodesign foca exclusivamente na informação sobre como a ergonomia é aplicada para melhorar o projeto e o funcionamento de qualquer sistema, ferramenta, ambiente ou produto com os quais as pessoas interagem, especialmente em meio físico.
O Comitê técnico científico dos dois eventos, composto por professores pesquisadores que atuam na área da Ergonomia e do Design em diversos pontos do país, recebe artigos científicos até o próximo dia 14 de dezembro, e no dia 15 de março de 2013 divulgarão os artigos selecionados.
Mais informações visite: http://www.ergodesign-usihc.com.br
Por Jéssica Rossone
sábado, 8 de dezembro de 2012
Antônio Agenor concede entrevistas sobre o mestre Oscar Niemeyer
Niemeyer foi capaz de criar uma cultura com ‘c’ maiúsculo, trazendo para a arquitetura a dimensão da genialidade”, avaliou o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Antônio Agenor Barbosa, sobre o legado de Oscar Niemeyer, que faleceu na quarta-feira, 5. Para ele, sua contribuição está muito além do campo arquitetônico. “É como a música de Vinícius de Morais e a poesia de Carlos Drummond de Andrade – atemporal e para sempre impactante”.
O trecho acima retirado da reportagem publicada no site da UFJF, inicia uma notícia, porém muito mais isso, uma homenagem. Veja no link abaixo, o texto completo que fala sobre as homenagens ao mestre Oscar Niemeyer no Departamento de Arquitetura da UFJF.
O Professor Antônio Agenor, orientador do projeto "O Thau do Blog", concedeu uma entrevista a Radio Facom sobre a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, veja no link:
Oriente-se: Estado da Questão
Aconteceu nos últimos dias 6 e 7 de dezembro de 2012 o I Encontro Nacional de Pesquisadores em Arte Oriental, Oriente-se: Estado da Questão. O encontro, realização do Grupo de Estudos em Arte Asiática da UFRJ, reuniu pesquisadores em atuação nas universidades brasileiras para o primeiro fórum dedicado à Arte Oriental, sob a égide da História e Teoria da Arte, no Brasil.
O projeto de pesquisa "Oriente-se" prevê o mapeamento de peças de arte asiática presentes nas coleções nacionais. E por meio da coleta de dados e sistematização de fontes pretende produzir subsídios à confecção de material didático e à reflexão crítica sobre o diálogo Oriente-Ocidente, sob a dinâmica do colecionismo, com vistas à consolidação do campo de estudos da Arte Asiática no Brasil. A primeira etapa visa o conjunto de coleções cariocas.
O projeto e o evento se justificam pela demanda explícita para a consolidação de tal área.
O estudo sistemático e crítico, o aprofundamento do estudo das coleções, é ferramenta indispensável para o sucesso.
No exterior, nas últimas décadas do século passado, a disciplina conhecida como "Arte Oriental", além de abandonar tal rótulo, migra, no interior dos museus, enquanto no Brasil, nossas coleções seguem pouco ou episodicamente estudadas, e pouco integradas à pesquisa de cunho acadêmico.
E além disso, as peças são também pouco exibidas e terminam por suscitar também pouco interesse por parte dos pesquisadores, num círculo vicioso que merece ser rompido.
Saiba mais sobre o projeto em: sigma-foco.scire.coppe.ufrj.br
Visite também eba.ufrj.br e saiba mais sobre a Escola de Belas Artes da UFRJ
Curta a página da EBA no facebook!
Por Jéssica Rossone
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
"A vida é um sopro"
É Oscar, a vida é realmente um sopro. O TDB expressa aqui o sentimento e a admiração eterna por ti.
Não pretendo falar sobre
suas obras, mas do sentimento que elas causam.
Nós, estudantes de
arquitetura, encontramos na sua pessoa a inspiração necessária. Exemplo e ponto
de partida, em que podemos ver nosso passado, presente e futuro. Em suas obras nós
podemos sentir o verdadeiro valor da arquitetura.
Nada será como antes. Vivíamos
a arquitetura como se em algum momento pudessem surgir novos projetos, novos
riscos.
E agora?
Fazíamos os trabalhos e as
provas dissertando sobre alguém relativamente próximo de nós. E considerávamos
a possibilidade de conhecê-lo, talvez e em algum momento da vida.
Sabíamos da sua
grandiosidade, da beleza de suas curvas. Visitamos suas arquiteturas
alocando-as no tempo presente, mesmo que soubéssemos muito bem o seu passado.
De fato, teremos sempre
este sentimento de nostalgia. Uma parte de nós e da nossa identidade enquanto
arquitetos se foi... E assumimos, a partir de agora, uma grande responsabilidade.
De certo, sua arquitetura será comemorada para
sempre. Mas aqui eu faço questão de comemorar sua arquitetura no contexto
social. Certa vez, Niemeyer disse:
"Os pobres
ficam vendo os palácios de hoje sem poder entrar. (...) A vida não é justa. E o
que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade”.
Para mim, não há frase mais enfática sobre seu
trabalho durante todos estes anos. Não vejo outra citação melhor do que esta
para exemplificar a mudança que significou para nosso país.
E "se a reta é
o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o
infinito", não é mesmo?
Certa vez, eu fui à Brasília. Não sabia muito sobre arquitetura, e até hoje penso que ainda não sei. Mas fiz algumas fotos que hoje servem de recordação.
O primeiro lugar que visitei foi esta: a primeira construção no sentido oeste-leste, chamada Igreja Rainha da Paz, inaugurada em 1994. A simplicidade dos traços me envolveu e eu fiquei feliz por estar ali. Eu sequer sabia que se tratava de uma obra dele, Niemeyer. Mas fiquei ali, um bom tempo pensando sobre a vida. Olhei bastante antes de entrar. Era estranho para mim ver o céu de qualquer lugar, e isso me causava um certo incômodo. Mas fui convidada a entrar, e fui meio sem rumo pela rampa da entrada principal.
Fachada da Igreja Rainha da Paz em 2011 |
Sentei bem lá no fundo. Era um domingo de manhã, e estava vazia. A missa havia terminado há algum tempo. Me senti intimada a refletir sobre algumas coisas. Não necessariamente sobre arquitetura, mas era por ela que eu estava ali. Hoje entendo porque esse lugar me chamou tanto, me indagou, me incentivou.
Interior da Igreja em 2011 |
A Catedral Metropolitana de Brasília, obra mais conhecida e presente no roteiro dos visitantes da capital, me encantou como nenhum outro lugar até a presente data. Não queria ir embora.
Vista geral da Catedral Metropolitana de Brasília em 2011 |
No interior, observei que conseguia escutar o que as pessoas falavam de qualquer lugar que eu estivesse, não importava a distância entre nós. Cheguei bem pertinho da parede de concreto, encostei e fiquei lá, admirada.
Interior da Catedral em 2011 |
Fiquei parada um bom tempo embaixo destas esculturas a entender o espaço. Pude ver o céu pelos vitrais e as nuvens mudando a todo momento lá fora.
É certo que cada obra tem a sua particularidade, e nestas imagens não cabe o sentimento de perda que temos agora. Nelas, somente teremos lembranças.
O que temos de mais significativo fica subentendido nas curvas, nos riscos livres, na novidade figurativa. Obrigada ao mestre brasileiro, por mostrar nossa arquitetura lá fora, por nos inserir em um novo contexto.
Obrigada pelo conhecimento herdado e pela filosofia de vida, tomada por muitos como exemplo. Obrigada pela inteligência e ousadia que permitiram que nossa arquitetura tenha se desenvolvido.
“Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha
reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e
sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos
sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito
todo o universo”.
Oscar Niemeyer
15.12.1907 - 04.12.2012
Por Jéssica Rossone
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Palestras Tim Waterman
Tim Waterman |
Nos dias 20 e 22 de Novembro, Tim Waterman, professor da Writtle School of Design de Londres, também ministrou duas palestras sobre Desenho urbano e Fundamentos do Paisagismo no Anfiteatro Christiano Degwert da Faculdade de Engenharia da UFJF.
Voltado ao cotidiano dos projetistas, Waterman começou indagando quais as capacidades da paisagem ao longo do sítio em questão, quais capacidades nós damos valor e se devemos questionar esses valores.
Com essas lacunas, Tim Waterman explanou sobre a leitura da paisagem, reforçando que devemos aprender sua linguagem e falar essa linguagem quando desenhamos.
Devemos ainda considerar a estrutura e o funcionamento da paisagem, performances para satisfazer os anseios humanos e ecológicos, plantas e medidas para aprimorar a apresentação da paisagem e um futuro monitoramento do crescimento e também da paisagem.
Tim Waterman |
Ele lembrou que sempre é possível ler uma cidade através de seu relevo, isso demonstra a sua importância no projeto. Além disso, para Tim Waterman, não há paisagem que tenha só um problema, há sempre um potencial e sempre uma coisa boa.
Você deve sempre ir a um sítio e questionar, não os seus valores, nem os valores do seu cliente mas os valores do próprio local. Tente desenhar usando a análise que você fez, até mesmo naquela página que você escreveu. Faça um ninho com o seu desenho, a Arquitetura não precisa de um conceito forte e pesado.
Desenhar através dos conceitos pode ser uma péssima maneira de projetar porque isso pode causar limitações e pode forçar um conceito mesmo quando ele não serve. Mas nunca pare o seu processo.
Pudemos concluir com as palestras, que ao invés de ter um conceito que se torne um projeto, o projeto deveria ser de preferência um processo de conceitualização do que um conceito, ele deve sempre estar fluindo e em contínuo processo.
Por Vitor Wilson
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