No
dia 4 de novembro, foi realizada uma palestra com os arquitetos Nikola Arsenic
e Henrique Gonçalves durante uma aula na disciplina de projeto para a turma do
segundo período de arquitetura e urbanismo.
Ao
longo da palestra, que possuía uma temática mais voltada para o desenvolvimento
de projetos residenciais, os arquitetos apresentaram a forma como se dá a
concepção e a inspiração para a criação de um projeto, também apresentaram alguns
exemplos de residências realizados pelo escritório Arsenic Arquitetos.
A
palestra foi divida em duas partes, sendo a primeira uma apresentação de
Arsenic de diversas residências que marcaram sua vida, atuando como inspiração
e como “impulso para pensar”.
Nikola Arsenic apresenta aos alunos a Villa Katsura
Foram
apresentadas obras de diversos arquitetos como Lina Bo Bardi, Mario Botta,
Paulo Mendes da Rocha e Alberto Campos Baeza. Também
foram apresentados projetos como a Villa Savoye de Le Corbusier, a casa do
arquiteto Alvar Aalto e a Villa Rotonda de Andrea Palladio.
Nikola
também apresentou a Villa Imperial Katsura e destacou além do sistema de modulação a
importância dos ambientes que fluem, a relação que deve ocorrer entre interior
e exterior. No caso da Casa Malaparte, destacou como uma residência atua como “cenário
de vida”, já que aquele local foi escolhido para morar, independente das mais
diversas condicionantes e de múltiplos contratempos. Ele citou também o exemplo da Casa da Cascata
de Frank Lloyd Wrigth, e de como o arquiteto através de embasamento, estudos e
um forte conceito, convenceu o cliente (Edgar Kaufmann) a construir uma casa em cima de
uma cascata, tornando-a uma das residências mais importantes para o mundo inteiro.
Atuando
também como professor da disciplina de Residências Unifamiliares, no Centro de
Ensino Superior de Juiz de Fora, Nikola afirma que o projeto residencial deve
ser pensado como “um universo particular”, portanto há alguma dificuldade em
ser objetivo na criação dos espaços de acordo com as funções de cada ambiente e
o perfil do cliente. O arquiteto também deve se indagar: “O que uma casa
pretende? Que sensações ela deve causar?”
É importante pensar nos planos e composições
arquitetônicas, no estudo das formas, nos elementos e suas relações e na
articulação dos espaços.
Na
segunda parte da palestra, Henrique Gonçalves, coordenador de arte do
escritório, apresentou alguns estudos preliminares realizados pelo escritório
com exemplos de tipos e famílias diferentes, mas que possuem alguns conceitos
em comum na natureza compositiva dos projetos como, por exemplo, o uso de ambientes
integrados, conjugados, passando do compacto e delineado para espaços mais
dinâmicos e multifuncionais. Também falou-se no fato de “ver sem ser visto”,
portanto pensar em como se dão os acessos da residência de acordo com espaços
que devem ser acessados de acordo com quem frequenta cada ambiente da casa.
Henrique Gonçalves apresentando projeto residencial desenvolvido pelo escritório
Os
projetos apresentados foram:
1 Casa
1 – Situada em Manaus, poderia ser uma casa investimento. O projeto consiste em
uma residência de dois pavimentos, possui uma área social livre e integrada,
área de serviço mais compactada, com várias divisões. Também conta com área
íntima (no andar superior) e funcional em seu programa de necessidades programa
de necessidades.
Casa
2 – Situada em um condomínio em Manaus, a casa de um pavimento, não possui muro
na frente, portanto, fachada frontal bem visível recebeu maior destaque. Foi
enfatizado o fato de a casa possuir quatro entradas (lazer, social, social
íntimo e serviço) e da importância desses acessos para o funcionamento da
residência.
Para saber mais sobre o arquiteto Nikola Arsenic confira uma entrevista cedida para O THAU DO BLOG em 2011 no link: http://othaudoblog.blogspot.com.br/2011/11/entrevista-arquiteto-nikola-arsenic.html
Para
conhecer mais projetos do escritório acesso o link: http://arsenicarquitetos.com/
Por
Giulia Drumond