segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vanna Venturi House

       No post “OTHAU do Blog indica: Robert Venturi” nós falamos um pouco sobre Robert Venturi, um dos primeiros e mais importantes arquitetos pós-modernistas. Nesse post irei apresentar a vocês uma de suas arquiteturas mais conhecidas, e dentre muitas que eu conheci dele, umas das que me chamou mais atenção, por sua genialidade e simplicidade, algo que qualquer um de nós poderia ter projetado.
       A casa em Chestnut Hill, Filadélfia USA, foi projetada para sua mãe Vanna, em 1962. A casa varia entre extremos de complexa e simples, aberta e fechada, ora grande, ora pequena, de forma a causar impacto emocional em seus usuários. Ele também procurou fazer de todos os elementos arquitetônicos uma unidade, sua planta, volume e elementos estéticos. Evidenciando uma simetria deformada de acordo com a necessidade das funções.


       A planta tem um núcleo vertical central que logo na entrada da casa irradia duas paredes diagonais quase simétricas. A simetria é distorcida para ajustar-se às necessidades particulares dos espaços, que têm tamanhos e formas diferentes, de acordo com a função.



       No centro da planta, a lareira e a escada se confundem, se deslocando e distorcendo o formato uma da outra na tentativa de ocupar o mesmo espaço.
       O formato da escada é adequado à maior escala no térreo e à menor escala no segundo andar. Além de reservar um espaço para as pessoas sentarem na escada no térreo ou descansar algum objeto ates de carregá-lo para cima.



       As variadas localizações, dimensões e formatos das janelas, assim como a localização descentralizada da chaminé, refletem a complexidade dos espaços internos. Assim ao mesmo tempo em que a fachada frontal é simétrica, ela é assimétrica.



       A casa é grande e pequena, porque é uma casa pequena em grandes escalas: a lareira é grande, o consolo sobre a lareira é alto, as portas são amplas e os guarda-cadeiras altos. Os cômodos são o mais amplo possível com a diminuição de divisões externas e de espaço apenas de circulação. No exterior a escala é grande graças aos poucos elementos centrais ou simétricos. A moldura de madeira ampliada sobre a porta também aumenta sua escala.
       A composição do edifício combina elementos simples e puros, como retangulares, diagonais e curvos. Os retângulos se relacionam na planta; as diagonais no espaço direcional na entrada e com a função de fechamento e escoamento de água no telhado; as curvas relacionam-se com as necessidades direcionais espaciais da entrada e da escada externa, com o simbolismo da entrada produzido pela moldura e com a seção no teto da sala de jantar.




       Robert Venturi se atém a cada detalhe, resolvendo cada mínimo problema que uma residência trás, sem esquecer-se da parte estética, tão importante na vida das pessoas.

Por Daniela Pereira Almeida

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