domingo, 17 de julho de 2011

Paulo Mendes da Rocha


A Arquitetura Moderna se desenvolve a partir do surgimento da indústria, antes de ter seus conceitos estabelecidos por mestre modernos, como Le Corbusier, Mies van der Hohe; Antes dos pilotis, estrutura independente, planta e fachada livre, etc. Esse raciocínio permite melhor compreensão da arquitetura moderna brasileira que se desenvolveu na década de 60, principalmente pela geração de arquitetos paulistas que se formavam na época. Um importante arquiteto dessa geração foi Paulo Mendes da Rocha. Vencedor do Pritzker de 2006, é formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie em 1954.
Na década de 20, Lúcio costa já absorvia com cautela a volumetria, soluções funcionais e simplicidade do racionalismo. Também Oscar Niemeyer absorve conceitos modernistas, mas confrontando o racionalismo absoluto. Outro arquiteto que contribuiu muito para o modernismo no Brasil foi Artigas, que até a década de 50 se aproximou da organicidade de Frank L. Wright, mas que assume uma arquitetura politicamente crítica a partir da década de 60.
               Paulo Mendes da Rocha se aproxima muito da arquitetura ensinada por Oscar Niemeyer e Artigas; de um lado o destaque da volumetria na natureza, de outro o comprometimento com o homem e a sociedade.
               Em 1957, iniciando sua carreira ele vence o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, sua primeira obra sintetiza sua arquitetura.  A forma reflete a ação e fluxo dos esforços estruturais, mas, além disso, ele expressa a beleza intrínseca à técnica.


Ginásio do Clube Atlético Paulistano

A expressão da técnica é evidente no edifício de escritórios Keiralla Sahran (1984). Com brises e panos de vidro. Além disso, seus elevadores externos sobem e dessem, acompanhando o ritmo de uma movimentada avenida paulista com seus trens e carros indo e vindo.

Edifício de escritórios Keiralla Sarhan
Em confronto com o mercado imobiliário especulador, que visa barateamento e lucro acima de qualidade, no edifício residencial Jaraguá (1984) ele prova que não é necessário uma técnica e forma tão diferentes e dispendiosas para fugir da mediocridade.

Residencial Jaraguá
Há algumas ligações entre as obras dele e o minimalismo, como a precisão técnica, predomínio da forma estrutural, o caráter arquetípico das formas, etc. A edificação não é uma conseqüência da técnica, e sim a própria técnica aliada a uma forma.
Mas é perigoso classificá-lo como minimalista e acabar tirando o foco dos reais valores de suas obras. Sua busca é por espaços para seres humanos, que abrigam a sociedade. Um edifício que se incorpore à natureza do contexto, e não que se aproprie dela.

Paulo Mendes tem entre seus principais projetos muitos museus. Como por exemplo:

Cais das Artes, em Vitória – ES:

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Museu dos Coches, Lisboa – Portugal:

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Restauração para o Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte – MG:




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Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), São Paulo - SP:

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Postado por Daniela Pereira Almeida

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